Na recepção, o pior período da hotelaria
Turismo de negócios em baixa, viagens canceladas, unidades fechando. “Este é o pior período da nossa hotelaria”, desabafa Gustavo Guimarães, dirigente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis-ES. É o desfecho de um cenário que começou com a crise econômica que afetou o turismo de negócios no Estado, a partir de 2015, e culminou com os impactos da pandemia e a adoção da tecnologia online, do fazer a distância. Isso afetou toda a robusta cadeia de transporte, hotéis, restaurantes e agregados. Agora, busca-se outra direção para sobrevivência. Em vez de eventos e palestras corporativas, surge o turismo de lazer.
Praia e quarentena
Em janeiro deste ano, em plena pandemia, o Espírito Santo teve 62% de taxa de ocupação hoteleira. As praias e culinária induziram. Outro nicho surge da pandemia: hotéis hospedam trabalhadores de plataformas petrolíferas em regime de quarentena. “Mas o turismo de negócios no Estado, como se conheceu, passou”, diz o dirigente da ABIH. Guimarães cita que no ano passado havia 44% da hotelaria fechada, muito desemprego, e que ainda é incalculável os que fecharam as portas de vez. “Está sendo muito sofrido, só não é pior devido ao programa que permitiu suspensão e redução dos contratos de trabalho”, ressalta.
NOVA CASA DO REI Na esteira dos 80 anos de Roberto Carlos, o entorno da casa onde ele nasceu, na rua João de Deus Madureira, em Cachoeiro, deverá ser revitalizado, conforme a projeção feita pela prefeitura. Consta de intervenções arquitetônicas, para facilitar a acessibilidade e visibilidade. A previsão é que a obra seja concluída em abril de 2022, quando o cantor pretende comemorar seus 81 anos na cidade. Vida longa ao Rei!
A propósito
Pode ir pra Tonga, Nauru ou Afeganistão, o brasileiro que quiser fazer turismo agora. Miami, Paris, Maldivas... Pode esquecer!
Vinho, do alto a baixo
E nunca se bebeu tanto vinho quanto na pandemia, apontam algumas estatísticas. Ao menos para o comércio, não é bem assim que a rolha estoura. O abre e fecha do comércio reduziu bastante as vendas, nos últimos meses. Um grande revendedor da Praia do Canto, Vitória, contabiliza a perda. “Só para restaurantes, minhas vendas significavam 40%. Travou!”.
Flores tristes
Floricultura foi um dos poucos segmentos a registrar avanço nas vendas, durante a pandemia. Faz sentido, basta olhar a estatística das vítimas da Covid-19, covas e o mercado que se abre.
Tijolo por tijolo
E há um lado, digamos, solar, no impacto da pandemia no mercado. Nunca se vendeu tanto material de construção. É a busca pelo espaço mais adequado nesses tempos de isolamento.
Curto-circuito no carro elétrico
Não foi adiante o pedido do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives) para que a Secretaria da Fazenda (Sefaz) concedesse benefício fiscal como incentivo à comercialização do carro elétrico. “Não há convênio de ICMS autorizando o Espírito Santo a conceder esse benefício”, informa a Sefaz, ressaltando que o Confaz já rejeitou pedido dessa natureza. “Além disso, mesmo com a isenção pleiteada, o preço do veículo elétrico continuaria elevado para a maioria”, relata.
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GARGALO EM SOORETAMA. A Eco101, que faz a duplicação da rodovia, ainda não decidiu por contorno ou passagem para animais na área. Aguarda a licença ambiental por esses dias.
QUIOSQUES. Baixou de R$ 500 mil para R$ 350 mil o preço de quiosques na orla de Itaparica, Vila Velha. Ainda assim, com os ventos da pandemia, faltam interessados.
CLOROQUINA. Leitor da coluna, curado de Covid-19, se mostra estarrecido com a quantidade de pessoas perguntando se ele usou cloroquina: “Tem gente que ainda acredita nisso!”.
FILOSOFIA NA PANDEMIA. “Com tantos concorrentes favoritos, o Oscar da crise sanitária vai para...” Registrado no meio de uma conversa entre cinéfilos nas redes.