Home care e os direitos da família e do paciente

Sergio Araujo Nielsen é advogado especialista em Direito Empresarial. |  Foto: Arquivo/AT

Home care, no contexto dos planos de saúde, é o atendimento médico realizado na casa do paciente. Esse serviço inclui administração de medicamentos, fisioterapia, acompanhamento de enfermagem e uso de equipamentos médicos, proporcionando tratamento humanizado no conforto do lar.

No entanto, muitos beneficiários de planos de saúde enfrentam dificuldades ao solicitar esse tipo de serviço, devido a negativas ou falta de clareza nas políticas das operadoras.

Médicos podem solicitar o serviço de home care para pacientes que necessitam de cuidados contínuos fora do hospital.

Doenças crônicas, como insuficiência cardíaca e diabetes, frequentemente justificam essa prescrição. Pacientes em recuperação pós-cirúrgica ou com mobilidade reduzida também se beneficiam do home care.

Os serviços de enfermagem, que incluem cuidados diários como troca de curativos e administração de medicamentos, também estão cobertos.

Ademais, nutricionistas devem acompanhar a dieta do paciente, garantindo uma alimentação adequada às suas necessidades.

No que se refere aos medicamentos, os planos de saúde devem fornecer todos os medicamentos prescritos pelos médicos, sem custo adicional.

Isso inclui antibióticos, analgésicos, medicamentos para controle de doenças crônicas e quaisquer outros necessários para o tratamento.

Quanto aos equipamentos, os planos de saúde devem disponibilizar camas hospitalares, cadeiras de rodas, respiradores, monitores cardíacos e qualquer outro dispositivo que seja essencial para o cuidado do paciente em casa.

Além disso, devem fornecer materiais descartáveis como seringas, gazes e sondas, garantindo que o paciente tenha tudo que precisa para um tratamento eficaz.

Para garantir o serviço de home care, é essencial atender a alguns requisitos básicos. Primeiramente, o paciente deve obter uma prescrição médica detalhada que justifique a necessidade do atendimento domiciliar.

Em seguida, essa prescrição deve ser submetida ao plano de saúde, acompanhada de relatórios médicos e exames recentes.

O plano de saúde analisará a documentação e, se aprovada, autorizará o serviço e caso não aprove, busque seu advogado de confiança.