Sinais e sintomas são linguagens do corpo
Confira a coluna
Pacientes relatam suas enfermidades por meio de sinais e sintomas. Doença é o grito do corpo agredido. Essa linguagem simbólica, um tanto vaga e abstrata, tem algo de onírico, pois, como os sonhos, representa uma condensação de pensamentos e desejos do organismo.
Sendo o mais confiável dos mestres, o corpo muito revela. Ele nos acompanha passo a passo pela vida e registra nossos descuidos e tropeços, com precisão.
Aquilo que nos falta é do organismo que podemos extrair, e, contanto que aprendamos a questioná-lo, ele nos comunica o modo como podemos ajudá-lo e a nos mesmos.
É importante ouvir atentamente o corpo do paciente. Afinal, com essas informações, é possível dar mais precisão ao diagnóstico.
Sintoma é uma queixa subjetiva. Ele depende da verbalização, como um relato de dor, por exemplo. Sendo assim, cabe ao médico dar um significado para esse indicador.
Sinal é uma manifestação clínica percebida, principalmente, pelo profissional de saúde.
Um bom exemplo de sinal é a icterícia, evidenciando que a pessoa apresenta algum problema no fígado, pâncreas ou vesícula biliar.
É importante a identificação dos sinais e sintomas. Isso porque, grande parte das doenças, quando diagnosticada de forma precoce, terá maiores chances de tratamento e cura.
Para reconhecer sinais clínicos, o médico realiza uma avaliação física detalhada, que pode incluir a observação direta do paciente, a medição de parâmetros vitais, exames laboratoriais e de imagem. É fundamental que o profissional esteja atento a qualquer sinal que possa indicar uma condição médica subjacente.
Sinais e sintomas desempenham papel crucial no diagnóstico e tratamento de doenças, pois fornecem informações objetivas sobre o estado de saúde do paciente.
Existem diferentes tipos de sinais clínicos, que podem ser classificados de acordo com a sua natureza e origem.
Alguns exemplos comuns incluem sinais vitais, como a pressão arterial e frequência cardíaca, os sinais dermatológicos, como as erupções cutâneas e lesões na pele, e os sinais neurológicos, como alterações na coordenação motora e na sensibilidade.
Diagnóstico diferencial é uma etapa crucial no processo de avaliação dos sinais clínicos, pois envolve a distinção entre diferentes doenças ou condições que apresentam sintomas semelhantes.
Médicos utilizam essas informações para prescrever medicamentos, realizar procedimentos ou recomendar mudanças no estilo de vida que visam tratar a causa subjacente dos sinais observados. O monitoramento contínuo dos sinais clínicos é essencial para avaliar a eficácia do tratamento e a evolução da condição do paciente.
Profissionais de saúde devem estar atentos a quaisquer mudanças nos sinais clínicos, que podem indicar melhora, piora ou a necessidade de ajustes no plano terapêutico. Afinal, a linguagem do corpo é a chave do cadeado que encarcera a compreensão. Caso alguém perdesse a capacidade de sofrer, perderia também a capacidade de ser curado.