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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

O estigma da doença mental

Jornal A Tribuna | 15/03/2022, 10:10 10:10 h | Atualizado em 15/03/2022, 10:11

Lúcido é quem não comete a loucura de ser normal. Antigamente, o louco era visto como alguém “possuído”, sendo considerado como aquele que age sob influência de maus espíritos.

William Shakespeare escreveu sobre loucos célebres, que marcaram sua obra: Hamlet, um obsessivo que flerta com a ideia do suicídio; e Macbeth, que alucina, tomado pela culpa.

Miguel de Cervantes criou Dom Quixote, com seu brilhante diálogo entre a razão e a loucura.

Dentro de sua estranha substância, encontramos a singularidade do ser humano. Apesar disso, o estigma associado à doença mental continua onipresente.

O papel das explicações sobrenaturais, religiosas ou mágicas da doença mental ainda prevalece em nosso meio.
Ainda hoje, muitos estudantes de medicina veem as pessoas com doenças mentais como imprevisíveis, perigosas e intratáveis, expressando distanciamento em relação a elas.

Alterações intelectuais, emocionais e comportamentais podem dificultar a interação da pessoa no meio em que cresce e se desenvolve.
Indivíduos com transtornos mentais não conseguem controlar certos sentimentos, pensamentos ou atos, o que dificulta o convívio com outras pessoas. Alguns tipos de distúrbios são leves e podem desaparecer naturalmente, enquanto outros são sérios e requerem tratamento.

Pessoas com transtornos de ansiedade ficam assustadas frequentemente, mesmo em situações seguras. Elas podem sentir medo, tontura ou falta de ar.

Algumas vezes, o medo aparece sem razão alguma, mas, em outras ocasiões, surge associado a um fato específico, como altura, multidões ou ambientes fechados. Nesse caso, é chamado de fobia.

Indivíduos com transtornos psicóticos confundem a vida real com fantasias, podendo ver ou ouvir coisas que não existem. Além disso, podem acreditar que são outras pessoas. Um exemplo desse tipo de doença é a esquizofrenia.

Pacientes maníaco-depressivos oscilam entre a excitação e prostração. Durante a fase de mania, sentem-se extremamente felizes, confiantes e enérgicas. Entretanto, a excitação rouba a capacidade de pensar com clareza, e esses pacientes acabam tomando decisões erradas.

Doenças mentais podem ser causadas por alterações químicas cerebrais, distúrbios genéticos, fatores ambientais ou por uma combinação de todos eles.

Um problema metabólico no cérebro, por exemplo, pode causar transtornos de humor ou esquizofrenia, embora a genética também possa ser responsável pela situação.

Crianças cujos pais têm esquizofrenia ou depressão são mais suscetíveis a ter esses transtornos. Fatores ambientais, como abuso na infância ou estresse extremo, podem aumentar a probabilidade de transtornos. Em muitos casos, as causas exatas das doenças mentais são desconhecidas.

Todo paciente com transtorno mental deve ser avaliado e tratado, lembrando que a empatia e a compreensão fazem parte do arsenal terapêutico.

O ser humano nunca poderá deter a verdade sobre a loucura, pois é a loucura que detém a verdade do ser humano.

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