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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

Linguagem emocional da música

Crônicas e dicas do Dr. João Evangelista, que compartilha sua vasta experiência na área médica

João Evangelista Teixeira Lima, do Jornal A Tribuna | 29/04/2025, 13:48 h | Atualizado em 29/04/2025, 13:48

Imagem ilustrativa da imagem Linguagem emocional da música
João Evangelista Teixeira Lima é clínico geral e gastroenterologista

Quando ouvimos música, o sistema límbico do cérebro, que está envolvido no processamento emocional, é ativado. Diferentes gêneros musicais podem, ou não, evocar respostas emocionais variadas e estimular os quatro neurotransmissores: dopamina, endorfina, ocitocina e serotonina. Este quarteto é responsável pela sensação de satisfação, felicidade, relaxamento e bem-estar, que sentimos ao ouvir música.

Em algumas pessoas, a música penetra na alma, provocando emoções. Em outras, os sons apenas vibram no aparelho auditivo, onde morrem, em silêncio.

Ouvindo um pianista tocar, algumas pessoas elogiam a música que ele está executando, enquanto outras comentam sobre sua técnica pianística e a marca do piano, enquanto conversam sobre assuntos triviais.

Alguns admiram o quadro musical, enquanto outros elogiam a moldura.

É comum alguém usar a música para lembrar fatos ou eventos. “Essa música lembra minha última viagem”, “meu casamento”, “minha formatura”, comenta aquele que utiliza a música apenas como pano de fundo.

O verdadeiro amante musical diz: “Essa música me lembra essa música”. Sem atalhos, os sons voam em direção à alma, sem precisar de tradução. Seria como definir amor. Quando mais nomes o amor tiver, mais o amor será nenhum. Amor é amar. O verbo explica o substantivo.

Em maior ou menor escala, dependendo de cada ouvinte, a música tem a capacidade de evocar uma gama de emoções, desde alegria e felicidade, a tristeza e melancolia. Diferentes estilos e ritmos musicais podem ter efeitos emocionais distintos nas pessoas, influenciando seu estado de espírito e comportamento.

Músicas escritas em tom maior costumam elevar o ânimo, enquanto melodias em tom menor exaltam a melancolia. Ritmos acelerados têm o poder de energizar o corpo, enquanto músicas suaves costumam relaxar e acalmar o espírito.

Por outro lado, quando a intensidade musical for elevada acima do normal suportado pelo ser humano, o nível de prazer pode mudar drasticamente, passando a ser algo perturbador, capaz de danificar a audição e acarretar problemas ao estado mental.

Ao se manifestar através do tempo, a música é bastante semelhante às nossas vidas. Sendo imaterial, ela penetra no pensamento e no sentimento.

Sendo feita de tempo, a música pode viajar nele. Como não conseguimos ver ou pegar música, apenas ouvir, ela nos atinge com sua temporalidade, de maneira imediata e única.

Coisas que vemos ou pegamos estão necessariamente fora de nós. A música, no entanto, acontece dentro das nossas cabeças, vibrando e impondo-se diretamente às nossas mentes e aos nossos sentimentos. Ela pode estar aqui em nós, mas simultaneamente poderá estar lá atrás, no passado em que foi composta.

Assim, a música pode nos conduzir ao seu passado e dar a sensação de estarmos em uma época diferente, experimentando o tempo como ele era então. A principal magia da música é durar na memória, retendo o tempo que expressa a inefável presença da ausência.

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