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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

Faringite x antibiótico

Coluna foi publicada nesta terça-feira (24)

Dr. João Evangelista | 24/09/2024, 11:19 h | Atualizado em 24/09/2024, 11:19

Imagem ilustrativa da imagem Faringite x antibiótico
Antibióticos atuam exclusivamente no combate às bactérias no organismo humano |  Foto: © Divulgação/Canva

Desde 1973, quando iniciei o curso de medicina, até hoje, nenhum antibiótico original foi lançado pela indústria farmacêutica. A maioria deles são gerações de uma determinada matriz. Sulfas, penicilinas, ampicilinas, macrolídios, quinolonas, entre tantos outros antimicrobianos, vêm sofrendo inúmeras modificações, tentando driblar a tão temida resistência bacteriana, situação onde um microrganismo causador da infecção deixa de responder a um tratamento que antes funcionava.

O corpo humano é um ambiente repleto de bactérias, muitas delas responsáveis por diversos processos essenciais à vida. Os antibióticos, medicamentos que atuam exclusivamente no combate às bactérias, revolucionaram a medicina. Todavia, seu uso exacerbado vem gerando resistência desses organismos.

Tolerância bacteriana a antibióticos é uma estratégia de sobrevivência desses micróbios. 

Hospitais constituem um importante ambiente em que as bactérias resistentes podem ser encontradas, exatamente por ser um local onde se tem intenso uso de antibióticos.  

Para evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes, pacientes e médicos devem ser conscientizados sobre o uso racional desses fármacos.

No cotidiano do universo médico, uma doença prima pelo uso indevido de antibióticos.

Trata-se da faringite, inflamação ocasionada por processos alérgicos, infecções virais e bacterianas.

Fazendo parte do aparelho digestivo e sistema respiratório, pela faringe passam os alimentos que ingerimos e o ar que respiramos. Assim, essa estrutura atua como uma via de passagem do ar e dos alimentos, direcionando-os corretamente para as demais regiões do corpo. Este importante tubo estabelece comunicação entre as regiões nasal, oral e laríngea.

A faringe divide-se em três regiões: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. A nasofaringe se localiza posteriormente à cavidade nasal, a orofaringe se localiza posteriormente à cavidade oral e a laringofaringe se localiza posteriormente à laringe, estando abaixo da orofaringe.

A laringe estabelece a comunicação entre a laringofaringe e a traqueia. Este órgão possui funções diferentes da faringe, entre elas a de atuar como uma válvula durante a deglutição, manter as vias aéreas abertas para a passagem do ar, além de estar relacionada com a fonação e a vocalização, isto é, a produção do som para a fala.

Dor de garganta, febre, astenia, cefaleia, náusea, vômito, dor abdominal, tosse, rouquidão, são sintomas frequentes de faringite e laringite. Essas enfermidades possuem maiores ocorrências no inverno e início da primavera, uma vez que, nesses períodos, é comum as pessoas permanecerem em locais fechados, o que facilita a transmissão da doença.

Atuando apenas contra bactérias, os antibióticos não mudam a evolução das faringites virais e alérgicas. Prescrições inadvertidas dessas drogas alimentam gerações de patógenos resistentes.

Os rios são sinuosos porque seguem o caminho da menor resistência.

Imagem ilustrativa da imagem Faringite x antibiótico
João Evangelista Teixeira Lima é clínico geral e gastroenterologista |  Foto: Arquivo/AT

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