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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Doenças transmitidas pelo mosquito

| 14/06/2022, 10:17 10:17 h | Atualizado em 14/06/2022, 10:18

É o “fim da picada” constatar que o pernilongo, esse velho predador, continua sendo vetor de tantas enfermidades. Nosso sistema imunológico é calibrado para ambientes locais. As mudanças geradas pelo ser humano no planeta espalharam doenças de maneira global.

Anoitecendo, hora preferida do inseto se alimentar. Embora você tenha escutado seu zumbido, sem ser percebido ele pousa delicadamente em seu calcanhar, área bastante irrigada, perto do chão. 

Em alguns segundos, ele sutilmente realiza uma sondagem e um reconhecimento de sua pele em busca de um atraente vaso sanguíneo. Com o traseiro erguido, ele insere a tromba (uma espécie de seringa hipodérmica) no seu delicado tegumento e começa a sugar.

 Antes disso, inteligentemente, ele adiciona um anticoagulante para evitar que seu sangue seque no local da picada. Essa substância também produz uma reação alérgica, deixando como presente de despedida, uma incômoda coceira.

Servindo de repelente, o ácido lático, esse produto de degradação de bactérias encontrado na pele suja, incomoda o mosquito. Mas  é bom lembrar que o chulé é afrodisíaco para o pernilongo. E existe uma perniciosa associação entre esses vetores alados e várias doenças.

Por serem hematófagos, as fêmeas se alimentam de sangue quando se encontram em período de ovulação com finalidade de auxiliar na reprodução. Contaminado com vírus, bactérias ou protozoários, que se alocam em suas glândulas salivares, o mosquito infecta o indivíduo.

Originário do Egito, o Aedes aegypti se espalhou em áreas tropicais e subtropicais, sendo ele responsável por várias enfermidades  como dengue, febre amarela, zika e chikungunya. 

O gênero Anopheles é o transmissor da malária e elefantíase. A  malária é uma doença infecciosa, cujos sintomas mais comuns são: calafrios, febre com início contínuo e posteriormente de três em três dias, cefaleia e dores musculares, aumento do baço e até  delírios. 

Além dessas manifestações, podem surgir perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões e vômitos, podendo o paciente chegar ao coma.

Elefantíase produz inflamação no sistema linfático, fazendo com que o doente desenvolva edemas em seus membros e em pontos como os seios e a bolsa escrotal.

O inchaço provocado pela filariose costuma ser incapacitante, impedindo a pessoa de ter uma vida normal, já que seus movimentos acabam sendo limitados. 

Repletos das doenças que lhes dão saúde, os mosquitos machos voam ao redor das nossas cabeças. Neste momento, as fêmeas entram nessa nuvem em busca de um par adequado. 

Uma dose de sêmen basta para ela produzir suas ninhadas. O breve momento de paixão fornece os componentes necessários para sua procriação. O ingrediente que falta é o nosso sangue. 

Voa, essa predadora, com seu zumbido infernal, fazendo do ser humano o seu prato principal.

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