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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

Álcool é um bem que faz muito mal

O álcool lesa o fígado, agride o pâncreas e intoxica o coração

Dr. João Evangelista | 01/11/2022, 08:43 h | Atualizado em 01/11/2022, 08:55

Em êxtase, o bebedor diz que prefere um bêbado conhecido do que um alcoólico anônimo.

Inebriado pelo álcool, ele goza sua sensação de intensa alegria e otimismo, nem sempre condizente com a realidade ou estado físico de sua pessoa.

O álcool é a substância química mais utilizada pela humanidade. Bebidas alcoólicas são as drogas mais antigas que se conhece.

Considerado uma substância psicotrópica, o etanol atua no sistema nervoso central, agindo, primeiro como estimulante, depois como depressor, provocando mudanças no desempenho e comportamento, tais como euforia, excitação, confusão, letargia, coma e morte.

Imagem ilustrativa da imagem Álcool é um bem que faz muito mal
|  Foto: Beto Morais — 10/01/2020

Seu consumo é admitido e incentivado pela sociedade, podendo se tornar um problema de saúde pública, causando acidentes de trânsito, violência associada a episódios de embriaguez, além de desenvolver dependência.

“Nunca mais eu bebo como ontem”, diz o consumidor de álcool, tão logo se livre da ressaca. 

Lembrando o momentâneo bem-estar causado pela bebida, a pessoa esquece que a ressaca é a penalidade natural diante dos excessos com álcool. 

Afinal, a deliciosa sensação da cerveja descendo pela garganta, já é o suficiente para aumentar a produção de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. 

O álcool gera diminuição da ansiedade, descontração e  aumento da autoestima e da sociabilidade. Sem esse apelo emocional, ninguém beberia.

Entretanto, o consumo revela outro lado do etanol, como causador de sonolência, sedação, falhas da memória e lentidão dos movimentos.

Depois de ingerido, o álcool é metabolizado através das enzimas álcool desidrogenase e aldeído desidrogenase.

A primeira converte o etanol em acetaldeído, essa substância tóxica para o organismo. Por isso, a segunda enzima entra em ação, convertendo esse composto em acetato.

Ao penetrar na corrente sanguínea, o álcool é difundindo por todo o corpo, alcançando o cérebro, onde libera neurotransmissores, como dopamina e serotonina, que estão relacionados com a ativação dos centros de prazer e recompensa.

Devido a essa liberação exacerbada, ocorrem mudanças fisiológicas no organismo, como sensação de bem-estar, relaxamento, desinibição e euforia.

Mas nem tudo é alegria. Inicialmente, o álcool desinibe o comportamento, a tensão e a ansiedade. Na medida que se bebe mais, somam-se os efeitos que chamamos de depressores do etanol. 

Nesse momento, surgem sinais de lentidão do pensamento, queda nas atividades cognitivas e diminuição da atenção e memória.

Se a ingestão etílica continuar, poderá ocorrer um apagão nos neurônios, resultando em intensa sedação ou pré-coma.

Num grau extremo, o álcool reduz a atividade dos neurônios que controlam a respiração e a pessoa pode ter uma parada respiratória, podendo levar à morte.

Objetivando reduzir a inibição social, o bebedor sofre injúrias no organismo. O álcool lesa o fígado, agride o pâncreas, intoxica o coração e ilude o sistema nervoso central. Quando a bebida entra, a saúde sai.

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