Sob Lula ou Bolsonaro, analistas projetam “populismo moderado”
Consolida-se a avaliação entre economistas do setor privado que, ganhe Lula ou Jair Bolsonaro, o cenário para as contas públicas em 2023 será praticamente o mesmo, o que foi descrito como “populismo moderado” por um analista. Significa um rombo de cerca de R$ 200 bi acima do limite do teto de gastos com despesas como o Auxílio Brasil permanente a R$ 600, além de menos receitas com o baixo crescimento e o recuo da inflação, resultando em contas no vermelho.
Em termos de eficiência, enquanto Bolsonaro promete ganhos via privatizações, como a da Petrobras, Lula tem a seu favor um horizonte de mais respeito às regras ambientais e jurídicas, o que favorece o investimento. Ou seja, pelo menos nestes quesitos, um empate.
SEM TETO. Ao admitir estudos para mudar o teto de gastos, Bolsonaro se equiparou a Lula aos olhos de analistas por condenar a regra fiscal – não foi bem recebida a meta lastreada na dívida. Já sob Lula, a leitura é a de que haverá um substituto para o teto, ainda que o petista não diga qual é.
COM EMOÇÃO. A previsão é de volatilidade nos preços de ativos até outubro, mas o virtual empate na gestão fiscal no médio prazo afasta o risco de um sobe-desce como em 2014 (quando o mercado visivelmente preferia Aécio Neves) ou 2018 (quando houve preferência por Bolsonaro).
LUPA. A alta da Bolsa na última semana, puxada pela Petrobras, pode ser um indício de leve tendência por Bolsonaro, segundo um desses analistas. Lula ganha pontos quando se distancia de Aloizio Mercadante e fica próximo de Persio Arida – que nega colaborar com o PT, mas é citado por 9 entre 10 petistas.
CLICK. Manuela d’Ávila, ex-deputada federal (PCdoB), postou foto de uma propaganda pró-Bolsonaro. “Todas as mentiras das redes ganharam as ruas de Porto Alegre. É um crime. Quem pagou?”, escreveu.
CLOSE. Candidato ao Senado na chapa de Garcia, Edson Aparecido (MDB) está reunindo imagens do tempo de secretário municipal de Saúde para exibir no programa eleitoral que começa dia 26. Ele quer explorar o trabalho feito na preparação da capital durante a pandemia.
NÃO VI. Candidatos da chamada terceira via nos seus estados, os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); de Goiás, Ronaldo Caiado (União); e do Pará, Helder Barbalho (MDB), não assinaram a carta em defesa da democracia organizada pela Faculdade de Direito da USP. Os três contam com votos de eleitores de Bolsonaro, crítico da iniciativa.
NÃO REPASSEI. Signatários do documento, os governadores de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), da Bahia, ACM Neto (União) e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), não comentaram a leitura da carta, na quinta, em suas redes sociais.
FOCO. A assessoria de Zema afirmou que ele “segue focado em recuperar os estragos provocados pelo governo passado”. A de Caiado disse que o governador é a favor da democracia e a de Helder, que não obteve contato com o governador.
NÃO TOCOU. Apesar da mobilização de bolsonaristas pelo 7 de Setembro, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ainda não recebeu nenhuma requisição de fechamento de via ou de evento especial na data.
Pronto, falei!
"É inadmissível que quem não tem contribuído para o crescimento do País aumente o próprio salário”, Tiago Mitraud, deputado federal (Novo-MG), sobre proposta de reajuste de 9% para parlamentares.