Pesquisa aponta contradição de brasileiros ao avaliar fala de Zema
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (17)
Estado de São Paulo
Os brasileiros apontam uma contradição ao avaliar a declaração do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sobre o Nordeste. A maioria, 57%, concorda com o mineiro. No entanto, 61% acham que a fala deveria ser evitada. Pesquisa Genial/Quaest, obtida com exclusividade pela Coluna, destacou que Zema “disse que os governadores do Sul/Sudeste montaram um consórcio para ter mais protagonismo econômico e político no País e fazer frente à força do Nordeste”.
O estudo, porém, não aborda a declaração de Zema em entrevista ao Estadão que gerou o maior volume de críticas ao governador, quando ele faz uma comparação do Nordeste com “vaquinhas que produzem pouco”.
ESTRATIFICAÇÃO. O maior índice dos que concordam com Romeu Zema está entre as pessoas que ganham até dois salários mínimos (62%) e as que têm ensino fundamental e médio (59%).
ELEITORADO. Entre os que votaram em Jair Bolsonaro (PL) no 2 turno, Zema teve apoio de 61%. Entre os eleitores de Lula (PT), 54% ratificaram a fala do governador.
REGIÃO. A reação dos nordestinos chama atenção no levantamento. Foi entre eles que Zema conseguiu maior ressonância, 59% disseram que concordam com a fala sobre a atuação do Consórcio Sul-Sudeste.
EXPLICAÇÃO. ”Não há incoerência. O nosso eleitor vê como natural a disputa por protagonismo regional. Zema não desagradou pelo que pensa, mas pela forma que abordou a situação”, avalia Felipe Nunes, CEO da Quaest.
VACINA. Um recorte da pesquisa Genial/Quaest mostra que a notícia mais bem avaliada do governo Lula é sobre o Bolsa Família com valor de R$ 600 mais R$ 150 por criança até seis anos. Aliados do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, comemoram e esperam que isso ajude a mantê-lo no cargo cobiçado pelo Centrão.
UNIVERSO. A pesquisa Quaest ouviu 2.029 pessoas em todo o País, com 16 anos ou mais. As entrevistas foram presenciais, de 10 a 14 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%.
FÔLEGO. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira vai ter de explicar na Câmara o apagão ocorrido na última terça-feira. Mas, para poupá-lo de mais fritura, o governo agiu. O diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, também foi convidado para falar e dividir o ônus.
FORA. O relator da CPI do Movimento Sem Terra (MST), Ricardo Salles (PL), foi excluído de uma reunião do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), com integrantes da bancada do agro para discutir a recomposição da comissão. Após a revelação do caso pela Coluna, Salles e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP), bateram boca na Câmara.
TRAIÇÃO. Lupion, o presidente da CPI, Luciano Zucco (Republicanos) e o vice, Kim Kataguiri (União), discutiram a volta de deputados bolsonaristas, mas nos bastidores defendem relatório mais ameno que o desejado por Salles.
Pronto, falei!
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Coluna do Estadão,por Estado de São Paulo