Partidos já pensam em mudar as regras de cotas do fundo eleitoral
Políticos de diferentes partidos discutem mudanças para o próximo pleito nas regras de repasse do fundo eleitoral para mulheres e negros
Políticos de diferentes partidos discutem mudanças para o próximo pleito nas regras de repasse do fundo eleitoral para mulheres e negros, sob a alegação de que há dificuldades em cumprir as normas atuais. Mulheres e negros têm de receber valor proporcional à participação deles nas candidaturas do partido, sendo que mulheres devem receber no mínimo 30%. Uma das alterações cogitadas é calcular as cotas de acordo com as características populacionais de cada Estado.
Outra mudança discutida é aplicar a proporção conforme os cargos em disputa, para evitar que candidatos a cargos mais altos recebam o mesmo que os que disputam cargos menores e, por isso, gastam menos. A reforma eleitoral vigente tem apenas um ano.
ALVO. Para o tesoureiro do MDB, Marcelo Castro (PI), é preciso haver uma “flexibilidade maior” nas regras. Na visão dele, para cumprir as cotas, os partidos estão sendo forçados a destinar mais verba para candidatos com menos chances.
CONSERTA. “Essas cotas não estão sendo fáceis, principalmente no Sudeste e Sul. Acho prudente, após a eleição, os partidos se reunirem para avaliar os impactos desta eleição e, se for o caso, procedermos os ajustes”, disse Claudio Cajado, presidente do PP.
MAGIA. No PT, Lula, que se autodeclara branco, já recebeu R$ 88,3 milhões, e a cúpula ainda debate como distribuir a verba do fundo para equiparar com o valor enviado a negros, que representam 48% dos postulantes na eleição deste ano. O prazo do TSE para adequação das cotas terminou ontem. Partidos prometem obedecer às normas atuais, ainda que fora do prazo.
CLICK. Frederick Wassef, advogado de Jair Bolsonaro e candidato a deputado federal (PL-SP), voou com o presidente no avião da FAB para acompanhá-lo em motociata em Sorocaba ontem