O que a eleição nos EUA ensina à oposição no País
Estado de São Paulo
Independentemente dos desdobramentos judiciais da eleição norte-americana, políticos de oposição a Jair Bolsonaro enxergam nela uma lição: a saída para derrotar o presidente em 2022 passa pela construção de uma frente encabeçada por nome minimamente palatável no centro, na esquerda e na direita.
A apertada votação nos EUA teve, entre vários aspectos, característica de plebiscito sobre o governo Donald Trump, e Joe Biden acabou favorecido, atraindo eleitores que até torciam o nariz para o democrata, mas rejeitam acima de tudo o republicano.
Voto útil. “Os democratas tiveram a sabedoria de escolher o candidato que mais tinha chances de vencer, não o que mais empolgava o partido. Para derrotar o atraso, isso é fundamental”, analisa o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ).
No papel. “Se não fosse essa união de Bernie Sanders, de toda a esquerda em torno deles (Joe Biden e Kamala Harris), o Trump levaria de lavada a eleição”, diz Flávio Dino, governador do Maranhão (PCdoB).
Anota aí. Outra lição, segundo essas lideranças: assim como Trump, quanto mais Bolsonaro for radical, mais isolado ficará.
E aí? Claro que a pergunta de um milhão de dólares continua sendo: quem será o Biden tupiniquim?
Ala… Enquanto isso, Bia Kicis (PSL-DF) defende a continuidade (e intensificação) da pauta conservadora diante de uma provável derrota de Donald Trump.
…ideológica. A deputada bolsonarista bateu na porta de Fábio Faria, ministro das Comunicações, pertencente a um partido de centro, o PSD, para reforçar a importância de os “novos aliados” darem seguimento à agenda conservadora do governo no Congresso.
Cuidado. Do ex-governador Paulo Hartung: “Tem de respeitar o voto, afinal de contas, os americanos sempre foram um modelo de democracia. Agora não pode haver sinais parecidos com os do governo da Venezuela, tão criticado por eles nos últimos anos”.
Sub. Bolsonaro saiu menor do que entrou na campanha americana. Para quê?
Eu… O presidente da Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (Anati), Thiago Aquino, atribui o ataque hacker ao STJ à falta de investimento do governo e a poucos recursos humanos.
…avisei. “Sempre alertamos o Ministério da Economia de que isso é apenas uma das fragilidades inerentes às áreas de tecnologia na administração”, disse.
Caso de… Malu Molina, candidata a vereadora de SP pelo Cidadania, parou em um dia já de reta final da campanha para fazer boletim de ocorrência por um golpe dado em seu nome. A vítima? Sua própria mãe.
…polícia. Suely, de 68 anos, fez uma transferência de R$ 3,6 mil para “Malu”. O número no WhatsApp, com a foto da filha e um pedido urgente para a campanha, era um golpe. Pior, a quantia transferida foi até maior do que ela já havia doado para a filha
Passando. O “livemício” de Caetano Veloso, autorizado pela Justiça Eleitoral, conseguiu vender cerca de 2 mil ingressos em um dia. O valor é R$ 60, divididos entre os candidatos Guilherme Boulos (Psol) e Manuela D'Ávila (PCdoB).
CLICK. A deputada Tabata Amaral (PDT) (à direita) faz campanha com Malu Molina, ex-coordenadora política em seu gabinete.
Pronto, falei!
Os noronhenses não estão pedindo para ser colonizados. Eles não estão à espera de um salvador”
Felipe Carreras, deputado (PSB-PE), sobre Bolsonaro ter defendido federalização de Fernando de Noronha.
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Coluna do Estadão,por Estado de São Paulo