Ministros veem Galípolo firme no páreo pelo Banco Central
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (21)
A decisão unânime do Copom de manter a taxa Selic em 10,50% não deve ter efeito substancial sobre a sucessão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na avaliação de ministros do governo ouvidos pela Coluna, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, segue favorito - embora uma ala do PT tenha passado a defender que o presidente Lula indique André Lara Resende para a autoridade monetária.
É certo que Lula não gostou do fim do ciclo de cortes de juros. Ainda assim, nos bastidores, a análise é de que é preciso separar retórica política de estratégia econômica. Para auxiliares palacianos, Galípolo não tinha outra opção a não ser unir o Copom pela manutenção da Selic, porque uma nova divisão iria elevar ainda mais o dólar e a curva de juros.
Equilíbrio. Ex-secretário executivo da Fazenda, Galípolo tem boa relação não apenas com o ministro Fernando Haddad (Fazenda), mas também com Rui Costa (Casa Civil). O ex-governador da Bahia não seguiu a toada petista e evitou comentar a decisão do Copom em suas redes sociais.
Debate. A presidente do Conselho de Administração do Magalu, Luiza Helena Trajano, participa nesta sexta-feira (21) do painel “Cultura digital e inclusão financeira no Brasil: do carnê ao Pix”, durante o evento Brazil Forum UK, em Oxford.
Topa? A senadora Eliziane Gama (PSD) vai convidar Lula para o lançamento do novo selo comemorativo dos Correios, no dia 29, em homenagem aos 100 anos da Assembleia de Deus no Brasil. A ideia do selo é da própria Eliziane, que junto aos ministros Jorge Messias (AGU) e Wellington dias (Desenvolvimento Social) faz um esforço para aproximar o presidente dos evangélicos.
Sinais. O Planalto viu a presença da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), no palco da posse de Magda Chambriard na Petrobras como sinal de isolamento de Jean Paul Prates, ex-presidente da estatal. O ex-CEO da Petrobras é aliado da petista e assumiu a vaga dela no Senado em 2018.
Brindes. O deputado Zeca Dirceu (PT) reuniu parlamentares da base e da oposição, no seu aniversário de 46 anos, em Brasília. O tema da festa foi “Ministério do Namoro”, uma brincadeira de Lula na campanha. E Zeca mostrou interesse na “vaga”.
Paz. Marcaram presença os ministros José Múcio (Defesa) e Juscelino Filho (Comunicações). O destaque ficou por conta de Gleisi Hoffmann: Zeca criticou a presidente do PT pelo apoio do partido a Luciano Ducci (PSB) para prefeito de Curitiba, vaga pretendida por ele. Mas na festa os dois foram só abraços.
Volta. As mudanças promovidas pelo Senado na reforma do Novo Ensino Médio pegaram de surpresa a bancada da educação na Câmara. O relator da proposta, deputado federal Mendonça Filho (União Brasil), conseguiu apoio do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), para retomar o texto que havia sido aprovado pelos deputados.
Trato. “Respeito o trabalho da relatora Dorinha e a autonomia do Senado. Mas o governo que fez o acordo na Câmara é o mesmo que tratou com o Senado. Então, não faz sentido mudar o texto”, disse Mendonça à Coluna.
Pronto, falei!
"O País não pode acusar meninas e mulheres de homicídio por não desejarem levar uma gravidez fruto de estupro. Vítimas estão sendo vilipendiadas na alma” - Celeste dos Santos, presidente do Instituto Pró-Vítima