Mercadante nega retrocesso em política naval e rebate críticos
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (29)
Estado de São Paulo
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que as críticas aos estímulos anunciados à indústria naval brasileira vêm de um “neoliberalismo anacrônico”, que não teria acompanhado a mudança da economia global. À Coluna, o ex-senador negou a volta de um BNDES do passado e disse ser preciso aprender com os erros. Nos primeiros governos petistas, o banco investiu bilhões em novos estaleiros que terminaram em recuperação judicial. “O que anunciamos é redução de spread (diferença entre custo da captação e do empréstimo). Não tem subsídio, não tem recurso do Tesouro, não estamos reduzindo a taxa do Fundo da Marinha Mercante. Estamos cortando na carne para estimular investimento e dizer: precisamos de bons projetos”, declarou o petista.
SALGADO. Nas contas do BNDES, a soja brasileira, por exemplo, pode ficar de 15% a 30% mais cara para exportação, perdendo competitividade no exterior, se as embarcações forem multadas.
METAS. “Temos um cenário desafiador e totalmente novo, porque a produção de motores com energia renovável é uma pauta nova. Precisamos ter a ambição de disputar o mercado, e vai ser fundamental ter uma frota com combustível renovável”, afirmou o presidente do BNDES. “Há uma disputa na reorganização das cadeias de valores. Nós precisamos disputá-la.”
MAIS UM. O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), afirmou à Coluna que pretende ser candidato ao Senado em 2026 com apoio do presidente Lula. Ele quer espaço no grupo liderado por Flávio Dino, aumentando a disputa pelo espólio político do futuro ministro do Supremo.
TRÂNSITO. O problema é que outros quatro governistas têm o mesmo plano de Fufuca e querem disputar o Senado no time “dino-lulista”: o governador Carlos Brandão (PSB), o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) e os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD).
DESAFIOS. O vice-presidente Geraldo Alckmin participa nesta segunda-feira (29), no Rio, de audiência com o B-20, o grupo de engajamento empresarial do G-20, para discutir a promoção de ambientes de trabalho mais inclusivos e diversos, com ênfase na igualdade de gênero em posições de liderança. O B-20 está sob a coordenação da CNI.
DE OLHO. O Partido Novo acionou a Procuradoria-Geral da República contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), com uma denúncia-crime por constrangimento ilegal. Eles solicitam investigação sobre a tentativa, infrutífera, de pôr o ex-ministro Guido Mantega na presidência da mineradora Vale.
NADA DISSO. Silveira negou interferência de Lula ou do Executivo na empresa, que é de capital aberto. A articulação por Mantega, como revelou a Coluna, começou em julho do ano passado.
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