O presidente da Câmara, Arthur Lira, avisou ao governo que aceita conversar com Haddad desde que o ministro apresente uma alternativa concreta à MP da reoneração da folha de pagamento |  Foto: Divulgação/Luis Macedo - Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi pego de surpresa, na terça-feira (16), com a informação de que teria uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar da medida provisória (MP) da reoneração da folha de pagamento. Ele não havia sido procurado por representantes da equipe econômica. Por meio de interlocutores, Lira enviou recados ao governo: quer conversar com Haddad, mas desde que o ministro apresente uma alternativa concreta à MP; e pretende medir a temperatura sobre o tema no colégio de líderes antes de avançar no diálogo. Por enquanto, o gesto político do ministro de procurar o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para evitar que o governo Lula sofra o vexame de ter a MP devolvida não desanuviou o clima.

IDEIAS. Haddad e Pacheco alinharam na segunda (15) que o governo enviará duas propostas ao Congresso. Uma MP para cancelar a reoneração e outra medida para compensar a arrecadação. Uma ideia é manter a revogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos e o limite da compensação de créditos no pagamento de impostos.

COTOVELADAS. Aliados de Flávio Dino já disputam seu espólio político no Maranhão. Dois grupos tentam colar a imagem a ele e ao presidente Lula. De um lado estão o governador Carlos Brandão (PSB) e a senadora Eliziane Gama (PSD). Do outro, o senador Weverton Rocha (PDT).

PLANOS. O PSB de Dino quer apoio do Planalto para a chapa que deve lançar, em 2026, o vice Felipe Camarão (PT) ao governo, Brandão e Eliziane para o Senado. Nesse caso, Weverton ficaria sem apoio de Lula.

BOA PRAÇA. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, vai nesta quarta-feira (17) a um almoço com os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), logo antes da reabertura dos trabalhos da Corte.

INSPEÇÃO. O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, desembarca nesta quarta-feira (17) em Maceió para apurar o acordo de indenização firmado em julho entre a Braskem e a prefeitura do município. “A finalidade da visita é ver se o acordo foi eficaz, se o sistema de Justiça funcionou”, afirmou o magistrado à Coluna.

LUPA. Salomão agendou uma série de reuniões em Maceió até sexta-feira (19), incluindo o prefeito e o governador. O ministro também fará visitas ao Tribunal de Justiça (TJ) de Alagoas e ao Tribunal Regional do Trabalho, onde tramitam causas trabalhistas contra a Braskem. “Vou averiguar a situação”, disse o magistrado, que ainda irá ao local do rompimento da mina da Braskem.

REVANCHE. A urgência do projeto para derrubar decretos do governo Lula que restringem acesso a armas deve ser novamente votada na Câmara. A bancada armamentista pediu ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que paute o tema já em fevereiro, após o recesso parlamentar.

CHEGA. O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL) afirmou à Coluna que recorreu ao ex-presidente Jair Bolsonaro para garantir a fidelidade do PL ao requerimento de urgência, após a derrota na votação de dezembro. “Ele respondeu que iria tratar disso”, contou o deputado.

Ilan Goldfajn, presidente do BID - Com a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), o presidente Gustavo Petro (Colômbia), o governador Helder Barbalho (Pará) e Luciano Huck em Davos |  Foto: Redes sociais / Paulo Hartung

Pronto, falei!

"O aumento da criminalidade não tem a ver com as ‘saidinhas’. Elas só valem para alguns presos que cumprem o semiaberto e já saem para trabalhar diariamente” - Luiz Flávio D’Urso, advogado criminalista