Guerra em Israel pode ter impacto em custos do agro
Coluna foi publicada nesta terça-feira (10)
Estado de São Paulo
A guerra em Israel traz riscos de aumento de custos ao setor agrícola no Brasil, alertam especialistas em comércio internacional e Direito Agrícola ouvidos pela Coluna. Assim como ocorreu após a Rússia invadir a Ucrânia, o conflito no Oriente Médio deve impactar as exportações israelenses de fertilizantes e o setor cobra uma estratégia do governo Lula.
“A tendência é de elevação de preços dos produtos à base de cloreto de potássio, que Israel ocupa o 3º lugar no abastecimento brasileiro”, diz Abrahão Fecury, pesquisador do Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional.
“O governo deve desenvolver uma estratégia urgente para garantir o suprimento”, diz Néri Perin, especialista em Direito Agrário.
ATENÇÃO. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços informou que, “assim como todo o governo brasileiro”, acompanha com atenção o desenrolar dos conflitos no Oriente Médio. “As consequências para o Brasil e para o mundo vão depender da evolução desse cenário”, afirmou. A pasta da Agricultura não se manifestou.
COBRANÇA. O presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, senador Carlos Viana (Podemos), vai propor a convocação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, para que expliquem “por que o governo Lula optou por não condenar abertamente o Hamas” pelos ataques realizados no sábado. O parlamentar acusa o Itamaraty de omissão.
ONDE. O pedido será apresentado na Comissão de Relações Exteriores do Senado, pois o Grupo não tem poder para fazer oitivas.
PRESSA. O Senado avançou mais um passo na reação ao Supremo Tribunal Federal e nomeou relator na CCJ para a PEC antidrogas. O escolhido foi o senador Efraim Filho (União-PB). “O tema das drogas precisa ser debatido pelo Parlamento com profundidade, pois atinge políticas públicas da saúde e da segurança”, disse à Coluna.
ESVAZIOU. A sessão solene na Câmara, na segunda-feira (09), em homenagem ao Dia Nacional do Nascituro ficou esvaziada. A bancada conservadora queria fazer uma demonstração de força ao STF, que julga a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. Porém, apenas uma dezena de parlamentares passou no plenário e só seis foram à tribuna discursar.
FOLGÃO. O bonde do feriadão partiu mais cedo da Câmara dos Deputados, que teve dificuldade para alcançar quórum mínimo para votação: 257 parlamentares.
EXCEÇÃO. O presidente da Câmara, Arthur Lira, só liberou ponto e votação remotos, ontem, para a bancada de Santa Catarina, devido à situação emergencial provocada pela chuva no Estado.
ALINHAMENTO. No mesmo dia em que enfrenta mais um julgamento no TSE, o ex-presidente Jair Bolsonaro se reúne com líderes do PL, em Brasília. Entre os temas, vai afinar com os aliados o tom da reação à Corte. A reunião do PL ocorre toda terça-feira. Esta não contará com Valdemar Costa Neto, que está no exterior. “Mas tudo será combinado com ele”, dizem interlocutores.
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