Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Coluna do Estadão

Coluna do Estadão

Colunista

Estado de São Paulo

Governo Lula descarta romper com Argentina se Milei vencer

Coluna foi publicada no domingo (19)

Roseann Kennedy, Eduardo Gayer e Augusto Tenório | 20/11/2023, 11:49 11:49 h | Atualizado em 20/11/2023, 11:51

Imagem ilustrativa da imagem Governo Lula descarta romper com Argentina se Milei vencer
Sergio Massa e Javier Milei disputam o segundo turno das eleições presidenciais argentinas neste domingo |  Foto: Reprodução/Internet

Um ministro palaciano resume o sentimento no Planalto nestes momentos finais da eleição presidencial na Argentina: “Massa vai vencer. Se não vencer, ok. É da vida!”. A mensagem reforça a torcida do governo Lula pelo candidato peronista Sergio Massa, atual ministro da Economia. Mas deixa claro que não há intenção de romper as relações bilaterais entre Brasil e Argentina, caso a vitória seja do candidato libertário Javier Milei. O tom do comunicado a ser emitido pelo Itamaraty após o resultado eleitoral no País vizinho só será fechado neste domingo (19). A diplomacia mantém afastamento das discussões acaloradas do debate político que refletiu, especialmente no último mês, uma espécie de extensão da disputa Lula x Bolsonaro de 2022.

SIAMESES. Na área econômica, interlocutores do governo ressaltam que o comércio entre os dois países é muito grande. E traçam um paralelo com o que ocorreu entre Bolsonaro e o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Eles não tinham aproximação política, mas isso não atrapalhou as relações comerciais.

NÚMEROS. Em 2022, o Brasil registrou um saldo positivo de US$ 2,2 bilhões (cerca de R$ 10,79 bilhões, na conversão atual) nas transações comerciais com a Argentina. Foram US$ 15,3 bilhões em exportações (cerca de R$ 75,06 bilhões) e U$ 13,1 bilhões (cerca de R$ 64,1 bilhões) em importações Produtos da indústria automotiva, minério de ferro, papel e trigo são alguns dos artigos negociados entre os dois países.

PONDERAÇÃO. Por outro lado, o governo Lula mantém certa apreensão sobre medidas que possam ser adotadas por eventual gestão de Milei. O candidato já fez ataques pessoais ao presidente Lula, a quem chamou de comunista e corrupto.

RECIPROCIDADE. O senador Davi Alcolumbre (União-AP) cobrou do Planalto que dê ao Senado o mesmo espaço no governo cedido ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Segundo interlocutores, Alcolumbre avisou o cargo desejado: o comando do Banco do Brasil. A Coluna fez contato com a assessoria do senador, mas não obteve resposta.

CIUMEIRA. Alcolumbre avalia que Lira foi privilegiado ao poder indicar o presidente da Caixa. Nos bastidores, diz ser um cargo que vale por três. Apesar da pressão, o senador sabe que o presidente Lula não cogita demitir a presidente do BB, Tarciana Medeiros. De consolação, ganhou do Planalto a indicação de um aliado para o almejado Cade.

DISTRIBUIÇÃO. A preocupação do governo é que Alcolumbre preside a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde serão feitas as sabatinas dos indicados à Procuradora-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal. No passado ele atrasou agendas por lá.

BRIGA... O ministro da Justiça, Flávio Dino, virou o pivô de um atrito entre deputados do PL e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ao “cruzar os braços” diante da recusa de Dino em obedecer à convocação da Comissão de Segurança Pública, Lira estimula o PL a lançar candidatura própria à presidência da Câmara, avisam os parlamentares.

...FRATRICIDA. Esses deputados, aliados de Jair Bolsonaro, cobram uma postura mais firme de Lira para obrigar Dino a comparecer à Comissão, que aprovou uma nova convocação do ministro para a próxima terça-feira (21).


Pronto, falei!

"Os argentinos vão precisar escolher entre o candidato do governo que entregou inflação e o antissistema que quer governar com os políticos tradicionais” - Magno Karl, diretor executivo do Livres

Ficamos felizes em tê-lo como nosso leitor! Assine para continuar aproveitando nossos conteúdos exclusivos: Assinar Já é assinante? Acesse para fazer login

SUGERIMOS PARA VOCÊ: