Diplomacia avalia que vitória de Trump afetaria Lula e Biden
Coluna foi publicada no domingo (10)
A consolidação de Donald Trump como candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, na Superterça, é acompanhada com cautela dentro do Itamaraty.
A avaliação entre diplomatas é que uma eventual vitória do ex-presidente teria efeito em três pilares da relação construída entre Biden e Lula: o dinheiro prometido para o Fundo Amazônia e colaboração ambiental, a agenda de direitos humanos e de proteção aos direitos trabalhistas e o posicionamento a favor dos processos eleitorais e da democracia.
A postura dos EUA sobre a Venezuela também pode mudar sob Trump, com os Estados Unidos menos dispostos a negociar com o regime de Maduro, o que poderia respingar na relação com Lula e o Brasil, segundo interlocutores
FORA. A Executiva nacional do PSDB decidiu intervir no diretório de São Paulo e anulou a eleição de Marco Vinholi como presidente da sigla no estado. A decisão foi comunicada pelo ex-senador José Aníbal, presidente da legenda na capital paulista. Ele diz que a reunião que elegeu o novo presidente foi ilegal. Procurado, Marco Vinholi afirma que ainda não teve “informação oficial” sobre o assunto, mas reforça que recebeu 92% dos votos na eleição para o diretório estadual tucano. A executiva nacional, comandada por Marconi Perillo, ainda não confirmou a decisão.
AMIGOS. Os deputados Beto Pereira e Alex Manente negam que a presença deles na filiação do deputado Carlos Sampaio ao PSD signifique que também deixarão a federação PSDB-Cidadania. Dizem que foram prestigiar o amigo e tentar apoio do PSD às suas candidaturas municipais.
EXALTADO. Num voo para Brasília, semana passada, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, reclamava alto ao telefone da decisão judicial que o impede de falar com Jair Bolsonaro. Ele estava no assento 1C, mas foi ouvido em todo o avião. Procurado pela Coluna, ele não quis comentar.
DIVISÃO. De olho na eventual vaga de Sérgio Moro no Senado, ala do PT do Paraná quer apoiar Luciano Ducci (PSB) à prefeitura de Curitiba. Em troca, eles apoiariam a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para disputar eleições suplementares ao Senado. A ideia provoca um racha dos petistas.
TOC TOC. O outro grupo que apoia prefere ver o deputado Zeca Dirceu na disputa pela prefeitura e traçou estratégia: vai mapear e bater na porta dos filiados, pedindo votos para a plenária de 07 de abril, quando os petistas decidem se terão candidato próprio.
CRÍTICA. A nova presidente da CCJ da Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC), fez 29 falas em plenário. Na maioria, terminou pedindo a deposição do presidente Lula. Ela também chamou de “trouxas” os eleitores do petista. E não faltaram críticas ao STF, ao TSE e ao MST. Os projetos das fake news e do marco temporal foram outro alvo.
APOIO. Neste ano, a congressista aproveitou o plenário para defender a ação de Israel na guerra contra o grupo terrorista Hamas.
Pronto, falei!
"A realidade: algumas empresas pouco produtivas sobrevivem graças a benefícios fiscais, outras mais eficientes pagam tributos altos” - Mansueto Almeida, economista