Das obras de escolas iniciadas sob Bolsonaro, 7 estão prontas
Estado de São Paulo
Em quase quatro anos de mandato, Jair Bolsonaro só começou e concluiu a construção de sete escolas. Uma delas foi uma ampliação, em Dom Feliciano (RS). A responsabilidade dessas obras é do FNDE, que é controlado pelo Centrão e, como mostrou o Estadão, vem adotando como regra a prática de pingar poucos recursos em muitos projetos de diferentes municípios. A manobra faz com que se avolumem obras em andamento e não garante que elas sejam concluídas. Mas permite aos políticos venderem a ideia de que estão fazendo alguma coisa. O processo para a construção das sete obras começou em 2019 e elas só foram finalizadas porque os prefeitos não esperaram pelo governo e injetaram recursos próprios nas obras.
LUPA. O levantamento foi feito no sistema interno do FNDE, a que a Coluna teve acesso, e analisou todas as obras prometidas por meio de termos de compromisso. Foram verificados os status de 460 projetos iniciados desde o começo do mandato de Bolsonaro até semana passada.
CONTA. Como terminaram as obras sem que todo o desembolso pelo FNDE fosse concluído, as prefeituras têm a receber R$ 6,8 milhões do governo federal. Além de Dom Feliciano, são elas: Amargosa (BA), Nova Itarana (BA), Lapão (BA), com duas obras, Protásio Alves (RS) e Lebon Régis (SC). Não há prazo para isso ocorrer.
ESPERA. Procurado, o FNDE não se manifestou. No balanço de maio, o órgão informa que concluiu 274 obras neste ano. Não diz, porém, quando começaram. Técnicos afirmam que a duração média de uma construção do fundo está em 15 anos.
VIROU. Uma pesquisa encomendada pelo PT em São Paulo fez aliados de Fernando Haddad acreditarem que o apoio de Márcio França (PSB) perdeu relevância. Segundo petistas, França “corre na mesma raia” de Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia pelo voto conservador. “Se ele ficar, ajuda. Se sair, não atrapalha tanto”, diz um articulador de Haddad.
SEGURA. O diagnóstico positivo de Lula para covid forçou adaptações na campanha. Em Minas, o ato com Alexandre Kalil em Uberlândia foi adiado para o próximo dia 15. Edegar Pretto, que esteve com Lula no RS, fará teste para saber se terá de interromper a campanha.
PAZ. Quem acompanhou o encontro de Arthur Lira com Paulo Guedes ontem diz que o clima era amistoso. Lira tem dito que não faz sentido trocar o ministro da Economia a alguns meses da eleição.
RECADO. A recomendação da CMO para que o TCU não suspenda atos sem ouvir o Congresso expôs o incômodo da cúpula da Câmara com o órgão. O tribunal mandou parar obras em 10 Estados, entre eles Alagoas e Piauí, redutos eleitorais de Arthur Lira (PP-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI).
RECADO II. A insatisfação foi manifestada aos ministros Bruno Dantas e Jorge Oliveira ontem, na residência oficial da Câmara. O requerimento, porém, é apenas uma sugestão.
CLICK. Alexandre Kalil (PSD, pré-candidato ao governo de Minas), viajou com o senador Alexandre Silveira e os deputados Paulo Guedes e Jean Freire para compromissos de pré-campanha no Estado.
Pronto, falei!
"Bolsonaro quer criar mais três ministérios para atender ao Centrão. Seu projeto de poder é a institucionalização do patrimonialismo e da ignorância”, Kim Kataguiri, deputado federal (União-SP)
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Coluna do Estadão,por Estado de São Paulo