CPI termina sem informações de Bolsonaro e Michelle
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (04)
A CPMI do 8 de Janeiro teve o seu fim, extraoficial, nesta terça-feira (03), pois não haverá mais depoimentos nem votação de requerimentos. Com isso, a comissão vai terminar sem ter acesso aos relatórios de inteligência financeira (Rifs) do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle.
Também não serão ouvidos o general Braga Netto, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, e o coronel Sandro Augusto, da Força Nacional. Agora, os defensores do governo focam o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), enquanto os bolsonaristas trabalham no texto paralelo redigido pelo deputado Delegado Ramagem (PL-RJ). O documento final da CPMI será lido em 17 de outubro e votado no dia seguinte.
PACIÊNCIA. O presidente da CPMI, deputado federal Arthur Maia (União-BA), já avisou aos pares que não aceitará pedido para encerrar a discussão, na apresentação e votação do relatório.
INSATISFAÇÃO. Presidentes de cinco entidades de classe da Polícia Federal convocaram o “Dia D” de mobilização pela reestruturação da carreira e por aumento salarial. Será em 26 de outubro.
INFERNO ASTRAL. Se até lá o governo não atender às demandas, será mais uma dor de cabeça para o ministro da Justiça, Flávio Dino. Agora, muitos apostam na Esplanada que o problema vai ficar para o próximo gestor da pasta, já que Dino parece cada vez mais perto de ser indicado para a vaga no Supremo Tribunal Federal. De toda forma, o assunto terá de ser tratado em outro ministério, pois a pauta dos policiais federais também está com a ministra da Gestão, Esther Dweck.
CALOTE. O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, denunciou uma dívida de R$ 47 bilhões da União com os municípios e pediu ao Tribunal de Contas da União e à Controladoria-Geral da União para fazer uma auditoria. Entregou a esses órgãos estudos feitos pela confederação que comprovariam esses números.
ONDE ESTÁ. Segundo a CNM, a dívida inclui valores do Sistema Único de Assistência Social, de obras concluídas que não receberam integralmente a verba acertada; obras paradas que também não receberam os repasses pactuados, e restos a pagar de outros anos.
LIMITE. O presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, endossou a proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para estabelecer mandatos de ministros do STF. Ele quer discutir a proposta no conselho da Ordem.
CONSIGNADO. O grupo de trabalho criado no Conselho Nacional de Previdência Social para propor uma fórmula de definição do teto de juros do consignado para beneficiários do INSS inicia as discussões hoje. O ministro Carlos Lupi (Previdência) quer atrelar o cálculo à variação da Selic, a taxa básica de juros. Já os bancos querem condicionar aos custos e juros futuros.
Em ofício enviado a Lupi, ao qual a Coluna teve acesso, avisam que, se o patamar for artificial, há risco de paralisia nas concessões; e de o público mais vulnerável terminar migrando para linhas de crédito com juros maiores.
Pronto, falei!
"A greve é um direito legal, mas deve ser conduzida dentro dos limites da lei, respeitando os cidadãos e prezando pelo atendimento nos serviços públicos” - Marcos Pontes, senador PL-SP