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Coluna do Estadão

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Estado de São Paulo

CPI da Braskem vira risco para presidente da Petrobras

Coluna foi publicada nesta terça-feira (05)

Roseann Kennedy, Eduardo Gayer e Augusto Tenório | 05/12/2023, 10:41 h | Atualizado em 05/12/2023, 10:43

Imagem ilustrativa da imagem CPI da Braskem vira risco para presidente da Petrobras
A CPI da Braskem, se instalada, deve ampliar a fritura do presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, já desgastado no governo |  Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A CPI da Braskem, se instalada, deve ampliar a fritura do presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, já desgastado no governo. Para interlocutores do Planalto, um depoimento de Prates na CPI seria inevitável porque a Petrobras tem 47% do capital votante da Braskem. Apesar do risco, a articulação política do governo foca na pauta econômica. A instalação da CPI da Braskem virou uma queda de braço entre o senador Renan Calheiros (MDB) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), rivais em Alagoas. Renan pressiona pelo início dos trabalhos, enquanto aliados de Lira protelam, para tirar holofotes do senador. O STF deve arbitrar o impasse, e a guerra de narrativas já está no forno. No meio da briga está a população de Maceió, sob risco de desastre ambiental.

VERSÕES. “Com as assinaturas coletadas e a jurisprudência vigente, a instalação da CPI é questão de tempo”, afirmou à Coluna o ministro dos Transportes, Renan Filho. Ele lembra que o STF obrigou a instalação da CPI da Covid. Na oposição aos Calheiros, o senador Rodrigo Cunha (Pode-AL) entende que a mineração da Braskem deveria ser apurada pela Assembleia Legislativa, mas topa uma CPI sem Renan como integrante.

TÔ FORA. Aliado de Lira, o senador Ciro Nogueira (PP) afirmou à Coluna que “por enquanto” não vai indicar um parlamentar para a CPI da Braskem. A indicação de senadores é justamente o que falta para a investigação começar.

RESPOSTA. O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, faz nesta terça-feira (05) reunião com ministros para discutir a ajuda a Maceió. A expectativa é por recursos, inclusive, aos pescadores locais que estão sem poder trabalhar.

ALERTA. Os auditores da Receita devem rejeitar o acordo proposto pelo governo e manter-se em greve. O movimento ameaça o cumprimento da meta fiscal. Sem o trabalho dos auditores, remessas internacionais sobre as quais incidem impostos estão paradas em portos e aeroportos.

NOSTALGIA. O processo de refundação do PTB animou getulistas históricos. Em crise com o PT, o ex-senador Roberto Requião afirmou à Coluna que “acompanha” e “estimula” a volta do PTB com essência trabalhista e nacionalista. Mas evitou dizer se trocaria o PT pela sigla, cujo processo de formação foi protocolado no TSE pelo ex-deputado Vivaldo Barbosa.

FÊNIX. Criado por Getúlio Vargas, o PTB virou à direita sob o comando de Roberto Jefferson. Em novembro, deixou de existir após fusão com o Patriota, que criou o PRD. Agora, tenta voltar à política com DNA trabalhista.

PERMUTA. O PL e o Republicanos fizeram uma “troca” de deputados federais. O Tenente-Coronel Zucco deixa o partido de Marcos Pereira e segue para o de Valdemar Costa Neto, para ficar próximo a Jair Bolsonaro. O Republicanos, por sua vez, ganha Samuel Viana (MG), que sai do PL.

JOGO JOGADO. A saída de Zucco era esperada desde que ele presidiu a CPI do MST. O Republicanos trocou integrantes do colegiado para favorecer o governo Lula após ganhar o Ministério de Portos e Aeroportos, em movimento que irritou o deputado e pavimentou a saída do partido.

Imagem ilustrativa da imagem CPI da Braskem vira risco para presidente da Petrobras
CLICK. João Doria, ex-governador de São Paulo, recebeu em casa o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, com quem estava rompido desde 2018, para uma conversa sobre o cenário político do Brasil |  Foto: X (TWITTER) / JOÃO DORIA

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