Câmara trava agenda importante para o País
A proximidade das eleições municipais e a antecipação do debate em torno da sucessão no comando das duas Casas legislativas colocou sob risco agendas importantes para o País que, neste momento, estão praticamente paralisadas no Congresso.
A lista inclui MPs, PECs, projetos de lei e até a reforma tributária. Mesmo com o governo mais articulado, especialmente na Câmara, e com a dilatação do calendário eleitoral para novembro próximo, líderes entendem que logo mais o Legislativo perderá o timing para os debates e, claro, votações.
Velocidade zero. A PEC da prisão após condenação em segunda instância, “clamor da sociedade” até recentemente, faz parte dessa lista. Outro assunto importante e também muito espinhoso que vai no passinho da tartaruga: a MP da regularização fundiária.
Até ela? A prioridade do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem sido a agenda econômica. Porém, mesmo a reforma tributária estará ameaçada após meados de setembro, quando os parlamentares passarão a dedicar tempo para ajudar campanhas de prefeitos e vereadores.
Já está... O outro enrosco é a disputa já praticamente aberta pela sucessão do próprio Maia e de Davi Alcolumbre (DEM-AP) no Senado. A sucessão nas Mesas das Casas está marcada para fevereiro de 2021.
...rolando. Ou seja, terminadas as eleições municipais no final de novembro, as atenções se voltam completamente para a disputa interna no Congressos.
Prioridade. Um dos cotados para suceder Maia, Marcelo Ramos (PL-AM) considera a discussão precipitada: “Mais importante do que falar de eleição é ajudar o Brasil e votar a PEC da prisão após a segunda instância, as MPs do FGTS e da regularização fundiária, o projeto de lei do voto de qualidade no Carf...”
Faz-tudo. Rodrigo Maia tem se especializado em consertar estragos e minimizar danos causados por terceiros. Semana passada, tapou o buraco que a derrubada de um veto no Senado abriria nas contas públicas. Ironia da política, ele ainda é um dos “alvos” dos bolsonaristas nas redes.
Sem rédeas? Jair Bolsonaro considera o astronauta Marcos Pontes um troféu do seu governo, mas vive reclamando que a equipe do Ministério da Ciência e Tecnologia não segue suas ordens. Secretários estão na mira do Planalto.
Alto... Juristas que conhecem a atuação da Fundação Itesp, que ajudou a pacificar o explosivo Pontal do Paranapanema e promove regularização fundiária em 200 cidades paulistas, foram pegos de surpresa com a hipótese de sua extinção.
...lá. Estão se mobilizando para que a economia orçamentária almejada pelo Bandeirantes possa ser atingida mediante melhoria da gestão, não pelo encerramento de atividades da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo previstas na Constituição.
Help! O líder indígena Maurício Ye’kwana afirma que o garimpo está destruindo a comunidade Yanomami e pede ações urgentes do governo federal. O apelo está em novo episódio da série documental “A tirania da minúscula coroa: Covid-19”.
Click. O episódio “A (des)politização da pandemia” já está no YouTube e traz depoimentos de Fernando Abrucio, Marco Aurélio Nogueira, Marcos Melo e André Singer.
Bombou nas redes
"Acredito no diálogo e não no deboche, ridicularização e lacração que marcam o ambiente virtual e que tentam desqualificar e silenciar quem pensa diferente”, Tabata Amaral, deputada federal (PDT-SP)