Bolsonaro se une a Skaf para enfrentar Doria
A despeito de seu enorme potencial de chacoalhar a roseira da centro-direita já nas eleições deste ano em São Paulo, a parceria entre Jair Bolsonaro e Paulo Skaf tem mesmo como horizonte 2022. A estratégia de seus artífices é dificultar ao máximo a vida de João Doria (PSDB), seja na disputa pela reeleição ou na sucessão do Presidente.
Em outros termos, ao menos neste momento, o governador é o inimigo comum da dupla. Por isso, tucanos de dentro e de fora do Bandeirantes articulam o início do contra-ataque: minar o poder de Skaf dentro da Fiesp.
Missão impossível? A ideia dos tucanos, nos bastidores, é utilizar a influência de Doria no meio empresarial para articular um movimento capaz de desalojar Skaf do comando da entidade classista, uma das mais poderosas do País.
Vixe. O temor imediato no PSDB é de que Skaf engaje a Fiesp na coleta de assinaturas para a criação do Aliança pelo Brasil.

Deu... No cenário para as eleições deste ano, o casamento de Bolsonaro com Skaf, tendo Gilberto Kassab como padrinho, pode dar aos bolsonaristas uma estrutura que eles neste momento não têm em São Paulo.
...liga. E Bolsonaro pode conferir ao candidato do grupo a prefeito, seja ele José Luiz Datena, Andrea Matarazzo ou Skaf, densidade política e eleitoral.
Xi... Aliados de Bolsonaro, porém, permanecem incomodados Citado em delações da Lava a Jato, Skaf é investigado pela Polícia Federal, acusado de caixa 2. Ele nega.
Voltou de Cuba? Dentro do bolsonarismo raiz, quem não engole a união “Bolsoskaf” também lembra que o presidente da Fiesp já esteve muito próximo de Lula e foi filiado ao PSB.
Digital... Braço formulador do PSDB, o Instituto Teotônio Vilela (ITV) está usando as “lives” de internet para treinar os pré-candidatos e a militância do partido no interior de São Paulo.
...first. Em uma delas, o analista Jairo Pimentel e o secretário estadual Flavio Amary (Habitação), presidente do ITV-SP, falam sobre as pesquisas eleitorais.
Insônia. Governistas não deixaram de reparar o semblante abatido de Onyx Lorenzoni na abertura dos trabalhos legislativos. Segundo aliados do ministro, o Desenvolvimento Regional, hoje com Gustavo Canuto, seria um bom lugar para ele superar a fase difícil: tem alta capilaridade eleitoral.
Plano B. O governo avalia elaborar um projeto de lei com o mesmo teor do texto da MP da carteirinha digital, que, por certo, caducará na próxima semana.
Plano C? Vai ser difícil aprová-la também, visto o mau humor do Congresso com o ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Só no digital. O Senado extinguiu a edição impressa do Jornal do Senado, depois de 25 anos de circulação. A economia, segundo a assessoria de imprensa, será de R$ 1,4 milhão por ano.
Aula. Deputados estaduais estão entre os alunos do 5º Mises Summer School, curso de introdução à Escola Austríaca, que será realizado em Conchas (SP) nesta semana: Alexandre Freitas (Novo-RJ) e Davi Maia (DEM-AL). O secretário de Desburocratização, Paulo Uebel, é um dos professores escalados.
Sobre a volta do recesso parlamentar
O plenário vazio reflete a falta de
sintonia entre o Legislativo e o Executivo. Essa sessão de abertura dos trabalhos do
Congresso foi só para inglês ver
José Guimarães, deputado federal (PT-CE)