Antigo DEM quer transformar Bivar em “rainha da Inglaterra”
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (29)
Estado de São Paulo
Colecionador de inimizades com correligionários, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, é alvo de uma articulação de dirigentes do antigo DEM para isolá-lo em cargo decorativo no partido. Na prática, o deputado federal seria uma espécie de “rainha da Inglaterra”. Ou seja, teria um posto mais simbólico, sem caneta para usar a partir de 2024, ano de disputas municipais. A eleição no União Brasil, fruto da fusão entre DEM e PSL, foi antecipada de maio para fevereiro. Pelas negociações, a “turma do DEM” pretende alçar ao comando do partido o atual vice-presidente, Antônio Rueda, e deixar Bivar com a presidência de honra. Nesse grupo, a promessa é de que a eleição de Rueda está garantida. Mas Bivar afirma a aliados que não entregará o cargo de barato.
MOTIVOS. Desafetos de Bivar dizem que ele cavou a própria cova ao tentar comandar o União como fazia com o PSL. O partido que abrigou o ex-presidente Jair Bolsonaro foi fundado por Bivar em 1994 e administrado com mão de ferro até a fusão com o DEM. O PSL era uma sigla nanica antes da entrada de Bolsonaro, em 2018, quando seu quadro de filiados e o fundo eleitoral explodiram.
RESOLUÇÕES... Líderes evangélicos afirmam que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), precisará bancar projetos de interesse da bancada, em 2024, se quiser garantir a eleição de seu sucessor na Casa. Lira ainda não anunciou quem vai apoiar em 2025.
...DE ANO NOVO. Os insatisfeitos dizem que Lira será pressionado a pautar propostas que tratam da liberdade religiosa e da criminalização do consumo de drogas, além do Estatuto do Nascituro, que proíbe o aborto.
CAIU... O Senado promete resistir à decisão do governo de alterar, por Medida Provisória, a prorrogação da desoneração da folha de pagamento. “A desoneração foi uma decisão do Legislativo. Na verdade, o ministro Haddad está resistindo ao que decidiu o Legislativo ao derrubar o veto do presidente”, afirmou à Coluna o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).
...MAL. “Vamos aguardar o texto, mas é muito provável que encontre resistência forte no Congresso”, acrescentou o senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Uma MP tem validade no ato de sua edição, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias para ganhar força de lei.
EM ALTA. Depois do baque sofrido na pandemia, o setor de turismo no Estado de São Paulo fechará 2023 com a maior movimentação financeira da história: R$ 289,6 bilhões, 9,3% do total da atividade econômica paulista.
BOTA-FORA. O governo faz um esforço concentrado com o objetivo de reservar, até esta sexta-feira (29), recursos para o pagamento das últimas emendas parlamentares do Orçamento de 2023. Os ministérios da Saúde e da Integração são os mais acionados. No Planalto, a corrida para assegurar a verba foi batizada como “força-tarefa do panetone”.
PACTO. Na reta final de importantes votações no Congresso, como a da reforma tributária, o governo patrocinou um acordo com deputados e senadores para a liberação de mais R$ 4 bilhões em emendas parlamentares.
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