Amorim vai ao Fórum da Paz e conversa com EUA sobre Gaza
Coluna foi publicada neste domingo (05)
Estado de São Paulo
O assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, vai representar o governo brasileiro no Fórum da Paz de Paris, nos próximos dias 10 e 11 de novembro. Embora a cúpula, na sua quinta edição, não tenha como objetivo mediar nenhum conflito, o principal assunto será a guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas.
Ex-chanceler, Celso Amorim foi convidado como palestrante e vai reforçar a posição do Brasil sobre o conflito no Oriente Médio. Ainda no sábado (04), o assessor do presidente Lula conversou por telefone com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, e expôs a inquietação do Palácio do Planalto com a demora na repatriação dos 34 brasileiros que estão retidos na Faixa de Gaza, prevista agora para quarta-feira (08).
ELENCO. Estarão no Fórum da Paz autoridades de peso, como o presidente da França, Emmanuel Macron, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.
NADA DISSO. Quem assessora Lula na seara internacional garante, porém, que o Brasil não subirá o tom com Israel pelas ações militares que impactam civis palestinos, como fazem outros países sul-americanos de esquerda, como Bolívia, Chile e Colômbia. O Itamaraty nega haver racha na região.
INSISTÊNCIA. O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Ubiratan Sanderson (PL-RS), ainda não desistiu de convocar ao colegiado o ministro da Justiça, Flávio Dino. Em duas semanas, Dino faltou duas vezes à comissão e alegou receio com sua própria segurança por ter sido ameaçado pelo deputado Sargento Fahur (PSD-PR).
ENCOMENDA. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu diretamente ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), atenção especial ao perfil do deputado que será escolhido para relatar o projeto de lei das subvenções. O parlamentar deve ser experiente (e não de primeiro mandato), ter trânsito no Centrão e “boa lábia” até com os adversários.
APOSTAS. Aliados do governo no Congresso citam dois nomes possíveis para a relatoria do projeto: o líder do PSD, Antônio Brito (BA), e o deputado Mauro Benevides (PDT-CE).
PROTESTO. O presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a lei que, na prática, autoriza o Executivo a gastar menos com saúde. Após uma articulação do governo, que enfrenta restrição orçamentária, o Congresso aprovou a mudança na base de cálculo do piso da saúde, considerada inconstitucional pelo Progressistas (PP).
ALEGRIA. O PT contratou o grupo Olodum e a bateria da escola de samba carioca Mangueira para o encerramento do encontro que vai reunir em Brasília, nos dias 8 e 9 de dezembro, os pré-candidatos do partido às eleições municipais de 2024.
FORMAÇÃO. Batizado de Conferência Eleitoral Marco Aurélio Garcia, em homenagem ao dirigente do PT que assessorou os governos Lula e Dilma, o ato contará com o presidente na abertura. Os pré-candidatos terão, ainda, uma aula magna com Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula em 2022.
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"O Congresso ganhou bem mais poder, mas também precisa ter o ônus, e não só o bônus, indicando de onde vai sair o dinheiro para os projetos apresentados” - João Hummel, diretor da Action Consultoria
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