Agro cobra saída de presidente e vê Geller como bode expiatório
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (12)
A fragilidade deixada no Ministério da Agricultura pela queda do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, animou a bancada do agro no Congresso a tentar derrubar o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, liderança do PT gaúcho.
A análise entre esses parlamentares é de que Geller foi bode expiatório das inconsistências do leilão de arroz, e toda a diretoria da Conab deve ser demitida. Abandonado pelo governo, Geller afirmou a aliados que foi contra a realização do certame, agora anulado, e não pode carregar a culpa.
Em despachos internos, o secretário ainda recusou que sua exoneração fosse publicada como feita “a pedido”. Ao contrário do que disse o ministro Carlos Fávaro (Agricultura), Geller não entregou o cargo.
Outro lado. Procurado, Pretto não comentou. Ele foi candidato ao governo do Rio Grande do Sul em 2022. A informação de que Geller estava na mira do Planalto foi revelada pela Coluna.
Promessa. O CEO global da rede de hotéis Hard Rock, Jim Allen, está de olho na tramitação do projeto de lei que libera cassinos e bingos no Brasil para fazer anúncios ao País. A matéria está na pauta desta quarta-feira (12) da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. “Ele está só esperando o projeto para ver onde construir alguma coisa aqui, tem grande interesse”, revelou à Coluna o ministro do Turismo, Celso Sabino. O CEO não respondeu aos contatos.
Posição. O sindicato dos funcionários do Banco Central e mais seis entidades fazem nesta quarta-feira (12) mobilização em frente ao anexo II do Senado, em protesto à PEC de autonomia financeira da instituição. O texto também está na pauta desta quarta na CCJ do Senado.
Cautela. Deputados do Psol estão em alerta após o presidente da Câmara, Arthur Lira, apresentar projeto para punir quem quebrar o decoro. “Dar superpoder a quem quer que seja não é o melhor caminho para restabelecer a civilidade”, disse à Coluna o deputado Chico Alencar (RJ).
Histórico. Lira fez o gesto após deputados beirarem a agressão física na semana passada. No Psol, Glauber Braga responde no Conselho de Ética por expulsar um militante do MBL da Câmara a pontapés.
Sinais. Pré-candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo, Marina Helena gravou vídeo intercalando citações a secretarias municipais em uma fala do presidente da Argentina que viralizou nas redes. “Afuera!”, dizia o então candidato Javier Milei sobre ministérios que pretendia cortar. Na prática, Marina expõe alinhamento não apenas a Milei, mas ao bolsonarismo que o apoia.
Aguarde. Secretário da Casa Civil de Minas, Marcelo Aro (PP) só vai se posicionar na eleição municipal de Belo Horizonte após o afunilamento da disputa. Hoje, seis nomes estão tecnicamente empatados em segundo lugar nas pesquisas. Aro controla um quarto da Câmara de vereadores local, e nem o governador Romeu Zema (Novo), seu aliado, tem garantia de apoio à pré-candidata Luísa Barreto (Novo).
Futuro. A aposta é que candidaturas serão retiradas, e a chance de união na esquerda de BH entrou no radar. “O cenário está incerto”, afirmou Aro à Coluna.
Pronto, falei!
"Não há democracia orçamentária no Brasil. O Orçamento está tomado com o que foi decidido lá atrás. Esclarecer como vamos sair disso é hoje o 'X' da questão” - Ana Paula Vescovi, economista-chefe/Santander
"Em algum momento, vamos ter de fazer um ajuste mais forte nos gastos públicos do País. Mas aí entra a dificuldade política, que é muito grande nesse sentido” - Sergio Vale, economista-chefe/MB Associados