Salles rejeita ‘acordão’ para esfriar CPI do MST
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (17)
Membros da CPI do MST e da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) estiveram na residência oficial da Presidência da Câmara para articular a volta ao colegiado de deputados tidos como opositores ao Planalto.
O encontro, com articulação do presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), excluiu o relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP), por ser “muito duro”. Desistir da convocação de Rui Costa (Casa Civil) e ‘negociar’ o relatório final são condições para a oposição retomar controle da comissão.
Faltam os russos
Se depender do relator Salles, não vai ter o acordão: “Eu não topo nada disso”, afirmou o deputado federal à coluna sobre as negociações.
Sem controle
Após convocar Rui Costa, o Planalto se moveu e articulou cinco trocas na CPI. Saíram deputados do União Brasil, PP, Republicanos e até do PL.
Lulismo como critério
As trocas fizeram o “índice de governismo” subir. A média entre os substituídos passou de apenas 22,8% para impressionantes 79,6%.
Fim melancólico
Apesar das trocas em curso, a CPI não deve ser prorrogada. A previsão é que os trabalhos se encerrem no dia 14 de setembro.
Ex-ministro inocentado de ‘violência doméstica’
A Justiça inocentou definitivamente o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga, um dos mais atuantes advogados eleitoralistas do País, da acusação de violência doméstica.
Ele enfrentou um prolongado inferno astral, mas a resiliência valeu a pena. Venceu a ex-mulher na primeira instância por falta de provas e em razão de mudanças repetidas de versões, a todo momento alterando a narrativa.
Tudo por dinheiro
Admar venceu também no segundo grau, com a confirmação da sentença e a anotação de que a acusadora teria mentido por dinheiro.
Perda de prazo
Um novo recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu em nada, como se esperava, mas em razão da perda de prazo pela advogada.
Aposta na inocência
Amigos e colegas sempre apostaram na inocência de Admar Gonzaga, cuja reputação é de alguém calmo e gentil e profundo conhecedor da Lei.
Muito a explicar
Ainda tentando se credenciar como elo do governo com produtores, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deve finalmente comparecer à CPI do MST nesta hoje, após tentar driblar a comissão.
Climão
Carlos Fávaro chegou a ser chamado de “fujão” pelo relator Ricardo Salles (PL-SP) na CPI do MST. Para azedar ainda mais o clima na comissão, o relator de comissão o chamou de “inimigo do agro”.
O que importa
Acusado de fugir durante a onda de violência, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), voltou outra vez a Brasília, esta semana, para o depoimento do seu ídolo João Pedro Stédile, chefe do MST, na CPI.
Liberado
O Ministério da Justiça liberou os perfis regionais da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal nas redes sociais. Estavam suspensos desde junho, quando perfil da PRF “pediu pix para Jair Bolsonaro”. Era golpe.
Pesquisa
Impedido pela Justiça de concorrer à reeleição em 2020, o ex-prefeito de Piracicaba (SP) Barjas Negri (PSDB) é, de longe, o preferido na disputa de 2024, diz o Paraná Pesquisa. Tem quase 50% em todos os cenários.
Governo não gostou
O último requerimento registrado no sistema da CPI do MST propõe, mais uma vez, a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia, para explicar denúncias de ex-assentados.
Oposição domina
Ranking divulgado pela FSB sobre a influência dos parlamentares nas redes sociais mostra que a oposição segue dominando o terreno. Dos 10 mais influentes, nove são da oposição e só um é governista.
Só apoia
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) informa não patrocinar a Marcha das Margaridas. É apenas um “apoiador institucional” do movimento.
Pergunta na Esplanada
Qual ministro responde pelo apagão do governo?
Poder sem pudor
Os feitos de Mem de Sá
Estrela de primeira grandeza na CPI dos Correios, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) era candidato a vereador em 1996, em Curitiba, e visitou escolas com o pai, o saudoso deputado Maurício Fruet.
Numa delas, um estudante resolveu testar o candidato, fazendo-lhe perguntas sobre vultos históricos como Juscelino, Getúlio Vargas, Jango etc. E, finalmente, atacou: “E Mem de Sá, o que ele fez pelo Brasil?”. Maurício resolveu intervir, encerrando o papo e a insistência do pirralho: “Ele fez o que pôde, meu filho. Fez o possível.”