Ramos pode trocar o Planalto por vaga no STM
O presidente Jair Bolsonaro se orgulha de não deixar seus companheiros no meio do caminho, por isso pretende homenagear o amigo general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, com sua indicação para o cargo de ministro do Superior Tribunal Militar (STM).
Uma vaga será aberta em fevereiro com a aposentadoria, já requerida, do ministro Carlos Augusto de Sousa.
Ministro Fraga
O substituto de Ramos na Secretaria de Governo deve ser outro amigo pessoal de Bolsonaro, o experiente ex-deputado Alberto Fraga – DF.
Articulador informal
Fraga já ajuda informalmente Bolsonaro na articulação. Coronel da reserva da Polícia Militar, ele é um especialista em cumprir missões.
Primeiro, a pendência
Fraga disse a Bolsonaro que só será ministro caso seja absolvido de um segundo processo na Justiça. Já se livrou do primeiro, mais grave.
Quando fevereiro vier
Em fevereiro, quando Ramos deve estar a caminho do STM, Fraga tem esperança de haver se livrado de uma ação de “concussão” contra ele.
“Diretor plim-plim” da Anatel atrasa edital do 5G
Diretor da Anatel, agência reguladora de telecomunicações, Moisés Moreira é o nome do atraso da tecnologia 5G no Brasil.
Ainda não saiu o edital de licitação para implantar o 5G, que vai revolucionar a internet, porque é submetido a consulta pública para recolher sugestões, inclusive na Anatel. Mas Moreira pediu vistas, sem a menor necessidade, atrasando todo o processo no mínimo até fevereiro.
Estranho no ninho
Técnicos da Anatel ironizam a atitude do diretor Moisés Moreira, citando sua qualificação estranha ao setor: ele é engenheiro agrícola.
Quem o apadrinha
Moisés Moreira chegou á Anatel pelas mãos do então ministro Gilberto Kassab, e ganhou o apelido cruel de “conselheiro plim-plim”.
Espera ansiosa
A tecnologia 5G não apenas tornará a conexão muito mais rápida; vai introduzir na rotina dos brasileiros a chamada “internet das coisas”.
Ativismo faz mal à OAB
O ativismo do presidente da OAB Nacional provoca onda de repulsa. A cada ataque de Felipe Santa Cruz a Bolsonaro, mais advogados se revoltam. O governador do DF, Ibaneis Rocha, aliás um líder da classe, sentiu-se ofendido como eleitor e enviou-lhe carta desaforada.
Viajando 2.0
Nos tempos áureos de Casseta & Planeta, o ex-presidente FHC virou “Viajando Henrique Cardoso”. Com 238 viagens no ano até a última quarta, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, seria o Rodrigo Milhas.
Farra imparável
Dos mais de R$ 1,3 bilhão gastos com viagens no governo federal, este ano, 58% vão para diárias de servidores, terceirizados etc. Quem paga a farra fica sem fazer a menor ideia do que fazem com seu dinheiro.
Etanol é prioridade
Do total da safra de cana-de-açúcar 2019/2020, apenas cerca de um terço será destinado à produção de açúcar. Em contrapartida, serão 65% na produção de etanol anidro (adicionado à gasolina) e hidratado.
Vão acionar o STF?
MP de Bolsonaro garantiu R$ 31,8 milhões para o trabalho humanitário com venezuelanos. Como é coisa de Bolsonaro, o partido Rede faria os aliados do STF anular a MP, não fosse isso politicamente incorreto.
Economia bombando
Outubro foi um dos meses que confirmaram que a economia brasileira engrenou de vez. Segundo o Monitor do PIB, da FGV, o crescimento da economia foi de 2%, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Ninguém mostrou
A CNI, que encomendou ao Ibope uma pesquisa sobre Bolsonaro, revelou que a aprovação do presidente nas indústrias de construção, transformação e extrativa é de 69%, 67% e 62%, respectivamente.
E nós, ó, só pagando
Em um mês, senadores gastam mais em café do que ministros do STF em especiarias. Em novembro, suas excelências consumiram R$ 24,5 mil somente em cafezinho. Foram 4.714 pacotes de 500g em 30 dias.
Pensando bem...
...após o início do recesso parlamentar, o clima ficou mais leve.
PODER SEM PUDOR
Ops, o Estado é outro
Os parlamentares sobrecarregam redatores particulares ou do próprio Congresso com discursos. O Instituto de Pesquisa e Assessoria dos Congressistas, no final dos anos 1980, de tão assoberbado, trocou os textos dos deputados Jerônimo Santana (RO) e Minoro Massuda (SP). O deputado paulista foi o primeiro a usar a tribuna, em tom dramático: “Senhor Presidente, o problema de conflito de terras em Rondônia...”
Interrompeu ao perceber o engano e jogou a toalha: “Pô, presidente, eu não sou de Rondônia...” E foi embora, contrariado.
Colaboram: André Brito e Tiago Vasconcelos