PP, União e Republicanos criam super-federação
Coluna foi publicada no sábado (16)
Os três principais partidos de centro no Congresso Nacional negociam discretamente a criação de uma “super-federação” que fará aumentar de maneira significativa a musculatura do chamado “centrão”. A aliança está sendo costurada pelos dirigentes dos partidos Progressistas (PP), União Brasil e Republicanos e deve ser anunciada em breve. O senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, é entusiasta da ideia e a mencionou por ocasião da gravação de entrevista ao podcast do Diário do Poder.
Super-bancadas
A super-federação nasce com 150 deputados (União, 59; PP, 50 e 41 do Republicanos) e 17 senadores (União, 7; PP, 6 e Republicanos, 4).
Federação bilionária
Os três pilotaram fundo eleitoral obeso de R$ 1,369 bilhão em 2022: PP teve R$ 344,7 milhões, União R$ 782,5 milhões e Rep R$ 242,2 milhões.
Aliança eleitoral
A federação, invenção recente, permite que partidos atuem juntos nas eleições e na legislatura seguinte, aliando-se no mínimo por 4 anos.
A força do centro
Partidos agrupados em federação devem agir como uma única bancada no parlamento, mas os partidos poderão manter autonomia financeira.
Politiquês
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) disse que a nova legislação tributária aprovada esta semana no Congresso Nacional “é a reforma mais estruturante da História”. Ninguém entendeu. Nem explicou.
Dilma usufrui no Brics regalias de quando governou
Perguntada sobre viagem em primeira classe desde a China, ao custo de mais de R$ 100 mil, a esquerdista Dilma Rousseff reagiu com a habitual arrogância: “sou presidente de banco, querida”. A ex-guerrilheira urbana não liga para o fato de que é público o dinheiro do Banco do Brics, que banca sua mordomia. Como chefe de governo, obrigou autoridades, inclusive presidentes de bancos, embaixadores etc a viajarem em classe econômica. Mas não abriu mão da mordomia do Airbus 319A da FAB.
Saúde afetada
Longos percursos entalado em classe econômica podem causar danos à saúde de quem sofre de comorbidades como diabetes ou obesidade.
Trombose venosa
Muito tempo sentadas, as pessoas ficam sujeitas a coágulos no sangue, instalando um quadro de trombose venosa profunda, que pode matar.
Abatido em pleno voo
Longas viagens afetaram a saúde do admirado embaixador George Lamazière, que, após susto, indignado, antecipou sua aposentadoria.
Novo cotado
Ganha força na bolsa de apostas o nome de Wellington César Lima e Silva para suceder a Flávio Dino na Justiça. É secretário especial de assuntos jurídicos de Lula e ligado ao senador Jaques Wagner (PT-BA).
Mandou bem
Deputados entenderam a ameaça do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que iria cortar o salário de quem faltasse na sessão de sexta-feira (15). Dos 513 deputados, 510 marcaram presença no plenário.
Não vê quem não quer
Os deputados Kim Kataguiri (União-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS) denunciaram a pressa e falta de análise da reforma tributária na Câmara. “Indecente”, disse o gaúcho, que garante: a nova lei aumenta impostos.
Moro em seu labirinto
Sob intensa cobrança, acusado de apoiar Dino, Sérgio Moro (União-PR) não abre o voto. Alegou “prerrogativa parlamentar” e ameaça do PCC. Mas destacou voto na desoneração da folha e marco temporal.
Não é Paris, Roma…
Após quase um ano da posse, Lula finalmente encontrou tempo na badalada agenda para ir ao Espírito Santo, a primeira visita no ano.
A passagem foi relâmpago: pouco mais de duas horas.
Bolsonaro cercado
Jair Bolsonaro deu trabalho para a segurança ontem, em Curitiba. Admiradores descobriram que o ex-presidente estava almoçando e logo a multidão cercou o comércio para tentar uma foto.
Gênio
Antes mesmo da aprovação da reforma tributária no plenário da Câmara, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), já falava em ato de promulgação dos presidentes do Senado e da Câmara.
Pensando bem…
…na geleia geral, corte suprema é lugar de comunista, palácio é morada de ladrão e cadeia é destino de golpista doente ou da terceira idade.
"Neste ritmo, Lula precisará construir uma nova Esplanada” - Deputado Rodrigo Valadares (União-SE) após Lula dizer que tem poucos ministros
Poder sem pudor
Falando mal de Mantega
Certa vez, o deputado Paulinho da Força, na época filiado ao PDT-SP, encontrou casualmente o ex-ministro Antônio Palocci no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Paulinho lia nos jornais que Guido Mantega (Fazenda) preparava medida provisória garfando R$ 2,2 bilhões do FAT para pagar dívidas de agricultores com multinacionais. “Que absurdo!”, resmungou Paulinho. Petista ainda nas graças de Lula & cia, Palocci concordou: “Claro que é um absurdo, eu jamais faria isso!” E, diante de um Paulinho cada vez mais surpreso, o ex-ministro lamentou, irônico: “E você, Paulinho, vivia pedindo minha cabeça!…”