Planalto aciona “mortadelas” contra vaias a Lula no dia 7
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (28)
Os estrategistas do Palácio do Planalto tentam imaginar formas de blindar o presidente Lula (PT) de vaias esperadas para o desfile cívico-militar de 7 de Setembro, data nacional da Independência.
Uma das soluções mais óbvias, nas quais o PT se especializou durante anos, será recorrer a “mortadelas”, pessoas muito pobres arregimentadas na periferia de Brasília para fazer número e aplaudir autoridades, em troca de cachê de 100 reais, boné, camiseta e, claro, pão com mortadela.
Claque governista
Militantes do PT e pobres coitados controlados pelo MST também podem ser convocados para ocupar as arquibancadas armadas na Esplanada.
Povo fora da festa
Ativistas e sindicalistas também devem ser chamados a ocupar lugares reservados à população e sobretudo a familiares dos militares.
Percurso blindado
O temor é de vaias quando Lula e Janja desfilarem em carro aberto: do Planalto ao palanque, as arquibancadas seriam reservadas a apoiadores.
O estilão petista
A montagem de arquibancadas do Dia 7 será da empresa que fez isso para Bolsonaro, em 2019, por R$950 mil. Receberá agora R$3,1 milhões.
Presidente da Câmara usou jatos da FAB 85 vezes
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez ao menos 85 voos nas asas da Força Aérea Brasileira. A regalia é legal e está prevista para chefes de Poder. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não é chefe de Poder, mas também evita voos de carreira usando jatos da FAB. Fez isso por 61 vezes, este ano. Somando com eventuais substitutos, foram 67 voos para a presidência do Congresso.
Exército voador
Fora da política, o recordista é o comando do Exército, 58 voos. O comando da Marinha fez 16 viagens enquanto o da Aeronáutica, 12.
Voo supremo
A presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) também aparece nos registros de voo da FAB consultados pela coluna, foram 25 viagens.
Econômico
O econômico chefe do Estado-Maior do Exército, que tem direito ao recurso, pouco o fez, foram só quatro viagens.
Mentiras em Angola
Lula, que adora contar lorotas para a plateia, mandou mais uma durante viagem à Angola. Disse que não é frustrado “por ser pobre”. Ele mentiu: nas eleições, o milionário petista declarou R$ 7.423.725,78 em bens.
Luxo marginal do MST
Em visita a assentamentos, o relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP), denunciou a desigualdade entre lideranças e os assentados que elas usam para invadir terras: “vivem de maneira precária e desumana” enquanto “lideranças do MST vivem de maneira confortável e luxuosa”.
Reação rápida
A ameaça do diretor da Polícia Federal de Lula, Andrei Rodrigues, de que pode bloquear os pix de milhões de apoiadores de Bolsonaro, provocou uma onda de doações. Desta vez para a conta de Michelle.
Amigos primeiro
Os gastos com publicidade da Petrobras, este ano, superaram os R$30 milhões até junho. Pela primeira vez na História, a estatal do petróleo gasta mais com propaganda na internet do que na TV aberta.
Manobra malandra
Será no dia 31 o depoimento de Gonçalves Dias, o “G. Dias”, na CPMI. A data é manobra para proteger o general do Lula que chefiava o GSI e foi flagrado confraternizando com invasores do Planalto: as atenções estarão voltadas para o depoimento de Bolsonaro e Michelle na PF.
Demissão em massa
Enrolada em dívidas e escândalo bilionário, a Americanas já demitiu mais de 9 mil funcionários e fechou mais de 70 lojas em sete meses. E conseguiu piorar o que já estava muito ruim. Na segunda-feira (21), a ação valia R$ 1,03. Na sexta (25), fechou o dia valendo só R$ 0,92.
Cartões em polvorosa
O presidente da Câmara do Deputados, Arthur Lira (PP-AL), avisou que o projeto que limita a cobrança de juros dos cartões de crédito pode ser votado já amanhã com consenso na reunião de líderes.
Ceará com peso
Petistas na Câmara apostam em cearenses entre os próximos escolhidos por Lula para o Superior Tribunal de Justiça (STJ): o desembargador Teodoro Santos e o advogado Otávio Luiz Rodrigues.
Pensando bem...
...se eles mandam no País, criam leis, alteram a Constituição e definem políticas públicas, já é hora de eleição para ministros do STF.
"Se a vaquinha é do bem, que mal tem?”
Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironiza o PT, que passa o chapéu nas redes sociais.
Poder sem pudor
Hóspede indigesto
Mocidade era figura folclórica na Paraíba dos anos 1960. Não tinha emprego, mas andava bem-vestido graças à generosidade de pessoas como o governador João Agripino.
Até permitiu que ele morasse no palácio.
Mas Mocidade adorava atacar o governador e pregava a invasão do palácio para “derrubar o governo!”. O paciente Agripino soube e o chamou para almoçar:
“Mocidade, quem lhe dá quarto e comida?” Ele reconheceu: “O senhor.” Agripino estava intrigado: “Como, então, você convoca uma multidão para derrubar o governador?”
Mocidade respondeu com o garfo suspenso na altura do queixo: “Governo tem que se lascar, existe para ser derrubado!...”