Metade das regalias de servidores paga o “Renda”
Para criar o Renda Cidadã, espécie de “Bolsa Família 2.0”, o governo cogita usar dinheiro da Educação, mas não fala em rever os bilionários auxílios pagos a servidores públicos. Na discussão sobre retirar verbas do Fundeb, o governo disse precisar de R$ 8 bilhões para o programa.
Levantamento do Ministério do Planejamento de 2017 revelou que regalias variadas pagas a servidores custam R$ 16,6 bilhões. Bastaria cortar os benefícios pela metade, sem nem mexer em salários.
Folha trilionária
Dados do Tesouro Nacional de 2019 revelaram que a folha de pessoal ativo da União, estados e municípios era de quase R$ 930 bilhões.
Sem cortes
Entre 2017 e 2020, não houve cortes de benefícios pagos a servidores, como auxílio-moradia, vale-peru, auxílio-babá etc etc.
Dois Brasis
Estudo do Ipea demonstrou a divisão de castas no Brasil. Enquanto 11,5 milhões de servidores públicos não deram a menor contribuição e tiveram até a redução dos salários considerada inconstitucional, 4,2 milhões de lares tiveram que se virar com os R$ 600 do auxílio emergencial em agosto.
No meu, nunca
Servidores públicos não só surfaram na crise, sem cortes, obtiveram no Supremo Tribunal Federal a proibição de redução dos seus salários.
Maioria não se importa com a eleição nos EUA
Levantamento exclusivo do Paraná pesquisa para o site Diário do Poder e para esta coluna revela que a maioria (41,1%) dos brasileiros não se importa com a disputa eleitoral entre o presidente Donald Trump, do partido Republicano, e Joe Biden (Democrata), ex-vice-presidente dos EUA. Para 34%, a eleição presidencial dos Estados Unidos é importante e 19,3% classificam como nem importante, nem desimportante.
Escolaridade
A relevância da eleição presidencial norte-americana é maior entre os entrevistados com ensino superior completo: para 42,3% é importante.
Diferença regional
Na população das regiões Norte e Nordeste, a disputa Trump x Biden é pouco importante para 47%. Na região Sul, essa taxa cai para 26%.
Dados
O instituto Paraná Pesquisa entrevistou 2.008 brasileiros em 232 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal, entre os dias 21 e 24 de setembro.
Prévias da eleição principal
A disputa pelo comando da Comissão Mista de Orçamento tem como pano de fundo a eleição para presidentes da Câmara e do Senado. De saída, Rodrigo Maia tenta emplacar Elmar Nascimento (DEM-BA) no comando, mas o líder do centrão, Arthur Lira (PP-AL), pôs o pé na porta.
Juízes em alta
Os ministros João Otavio de Noronha (foto) do STJ, terrivelmente cruzeirense, e Ives Gandra Martins Filho, que se define “terrivelmente cristão”, têm sido muito citados no Planalto para a próxima vaga de ministro do STF.
Praças para o povo
Em Brasília, o governador Ibaneis Rocha decidiu fazer praças em locais degradados, terrenos baldios, onde havia postos policiais abandonados. Inaugurou ontem a praça Francisco Ozanan gastando apenas R$ 50 mil.
Novo tipo de fake
Relatório da ONU dizendo que os homicídios no Brasil aumentaram 9% foi divulgado na imprensa sugerindo que o país está fora de controle. Citam no pé da página que os dados são do período entre 2013 e 2017.
Pernas curtas
Em Caracas, a deputada Bolivia Suárez denunciou que venezuelanos cozinham galhos de árvore para não morrer de fome. E ainda tem brasileiro mentiroso afirmando que a ditadura Maduro é uma maravilha.
É direito, não obrigação
Bastou saírem os dados sobre as candidaturas e apareceram análises sobre como só 10% dos candidatos a prefeito são mulheres, e 34% entre vereadores. O mimimi esquece: se candidatar é um ato voluntário.
Pensando bem...
...o discurso dos líderes do governo anda tão afinado que dá até uma sensação de déjà vu.
Briga de foice no escuro
Aliados do deputado Baleia Rossi (SP), em campanha para presidir a Câmara, acham que Rodrigo Maia e Arthur Lira (foto) acabarão por inviabilizar um ao outro e beneficiar o presidente nacional do MDB.
Poder sem pudor
Só na horizontal
O repentista Pedro Ferreira era deputado estadual em Alagoas, nos anos 1980, quando uma eleitora o procurou para pedir emprego. Mas condicionou: “Só posso trabalhar à noite, deputado.”
Ele prometeu: “Vou ver o que posso fazer.” Ela insistiu: “Mas eu só posso trabalhar depois das nove da noite...” O deputado fez uma observação, digamos, paternal: “Olhe, minha filha, emprego para moça depois das nove da noite, só se for deitada olhando para o teto.”