Jogada é “melar” PEC com segunda instância para tudo
A jogada política do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com líderes partidários de sua confiança, sobretudo aqueles ligados ao Centrão, pretende empurrar com a barriga, ao máximo, a proposta de emenda que estabelece execução de sentença penal após a segunda instância.
A ideia é esvaziar a PEC para levá-la à gaveta ou incluir na proposta outras áreas da Justiça, como a Eleitoral e a Trabalhista, onde as sentenças seriam cumpridas também após decisão de 2ª instância.
Impensável
Dar aos tribunais do trabalho (TRTs), marcados pelo ativismo de toga, poder da decisão final de processos, levaria pânico aos empregadores.
Vade retro
Outra ideia diabólica para inviabilizar a PEC, inaceitável para políticos, é que decisões dos tribunais regionais eleitorais sejam definitivas.
STJ, eu te amo
Governadores acossados pelo precatórios, e grandes empresas não aceitariam abrir mão da “3ª instância” do Superior Tribunal de Justiça.
Missão “melar geral”
Maia designou Marcelo Ramos (PL-AM) para presidir e Fabio Trad (PSD-MS), de sua confiança, para relatar a PEC da 2ª instância.
Itaú e Safra ignoram Justiça e perseguem inocente
O advogado Roberto Liesegang foi “convidado” a fechar sua conta de 19 anos no Itaú e o Safra negou abertura de conta devido à suspeita levantada pelo MPF em um processo da Lava a Jato. O nome “Roberto” aparece em e-mail com negociação de propina nas obras de Angra 3 e a suspeita, inicialmente, era de que se tratava de Liesegang, mas ficou esclarecido que se trata de “Roberto Gerosa”. Entretanto, o advogado continua alvo de perseguição por esses e outros grandes bancos.
Prejuízo
Roberto Liesegang diz ter tido prejuízos a sua imagem e credibilidade e obteve liminar e multa diária de R$ 1.000, caso o Itaú mantenha as restrições.
Vítima duas vezes
Liesegang afirma ser “louvável” que os bancos agora queiram manter controle de operações de clientes. “Duro é perseguir a vítima”, lamenta.
Abuso confirmado
O Itaú não nega o que fez a Liesegang, mas alega não ter acesso ao processo, “em segredo de justiça”, mas “cumprirá a decisão liminar”.
PSB é mais do mesmo
Em vez da solidariedade ao ex-governador Ricardo Coutinho, acusado de chefiar a quadrilha que roubou dinheiro da Saúde, na Paraíba, a direção do PSB deveria ser mais responsável e, em respeito às vítimas do crime, suspender a filiação do sujeito até o fim das investigações.
Revelação dramática
Drama, para a aguerrida deputada Estela Bezerra (PSB) não foi apenas sua prisão, no escândalo de roubo de dinheiro da saúde, na Paraíba. Foi a revelação de que seu nome verdadeiro é... Estelizabel.
Bom sujeito não é
Ex-primeira-dama da Paraíba, a jornalista Pâmela Bório cansou de denunciar Ricardo Coutinho por corrupção. Além disso, chegou a pedir medida protetiva contra ele, baseada na Lei Maria da Penha.
Tentáculo financeiro
A operação contra corrupção na Paraíba fez ressurgir nas páginas policiais um velho conhecido de Brasília: o ex-senador Ney Suassuna, ex-MDB. Está no “núcleo financeiro” do esquema de Ricardo Coutinho.
Pela lei, não dá
Na prática, Eduardo Bolsonaro e mais 25 deputados do PSL pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para serem autorizados a ignorar a lei que impede a saída do partido sem qualquer punição.
O Centrão do Senado
A bancada do MDB vem sendo considerada o “Centrão do Senado”, mediando crises e negociando saídas para que a Casa pegue leve com o governo Bolsonaro. À exceção, claro, da banda podre ligada ao PT.
Indústria otimista
O otimismo impera na Confederação Nacional da Indústria e a previsão é de alta de 2,8% do PIB industrial no ano que vem, decorrente da alta de 6,5% do investimento no setor, segundo seu estudo conjuntural.
Alô, Emmanuel
O presidente da França, Emmanuel Macron, tão atento às queimadas, não deu a mínima aos mais de um milhão de hectares (campos de futebol) destruídos pelos incêndios florestais na Austrália.
Pergunta na porta da cadeia
Quando chamava Lula de “preso político”, o socialista da Paraíba Ricardo Coutinho já antecipava a própria desculpa para sua prisão por corrupção?
Poder sem pudor
O Brasil no contragolpe
O imperador da Etiópia, Hailê Selassiê, foi deposto pelo próprio filho quando fazia visita oficial ao Brasil, a convite do presidente Juscelino Kubitscheck, à frente de comitiva que era uma pequena multidão.
Em conversa com JK, o imperador pediu dinheiro para voltar, dar um corretivo no filho e retomar o poder.
JK ordenou que o ministro da Fazenda, Horácio Lafer, desse dinheiro a Selassiê antes de o Congresso aprovar o empréstimo. Lafer advertiu:
“Os parlamentares não vão aprovar isso”. JK respondeu: “Vão aprovar, Lafer. Basta mostrar essa comitiva toda como asilada.” Selassiê retomou o poder e se manteve nele por mais 15 anos.