Governo federal mantém esquema com aéreas
Continua a farra da compra direta de passagens às empresas aéreas usando cartão corporativo, cuja implantação no governo Dilma (PT) motivou operação da Polícia Federal.
O esquema objetivou eliminar as agências de viagem do processo de compra, transformar as aéreas nos únicos fornecedores pagos à vista, garantir aumento de lucros com a cobrança de “tarifa cheia” e a dispensa de recolher impostos na fonte. Foram quase R$ 50 milhões de impostos embolsados em quatro anos.
Gastos aumentam
Somente nos primeiros 50 dias deste ano, o governo Bolsonaro gastou R$ 45 milhões em passagens aéreas, tudo pago à vista, tarifa cheia.
A origem
A jogada foi concretizada no Ministério do Planejamento, na ocasião chefiado por Paulo Bernardo, aquele que chegou a ser preso.
Aéreas lucram mais
O governo nada economizou. Apenas garantiu “tarifa cheia” às empresas aéreas e as dispensou de pagar comissão às agências.
Nada de concreto
O Ministério da Economia se recusa a revelar se estuda mudanças nas compras ou se acompanha os debates sobre o assunto no Congresso.
Posse histórica
Brasília para hoje na posse de Cristina Peduzzi, primeira mulher a presidir o Tribunal Superior do Trabalho (TST). A ministra é uma das personalidades mais admiradas na Justiça brasileira.
Na mídia estrangeira, o que é bom se esconde
Veículos estrangeiros invertem a máxima segundo a qual “o que é ruim a gente esconde”, preconizada por Rubens Ricupero, então ministro da Fazenda do governo Itamar Franco. Lá fora, quando se trata de Brasil, esconde-se o que é bom. Mesmo quando se trata de fato sem paralelos no mundo, como por exemplo a redução de 21,1% dos assassinatos e 10.000 mortes a menos, entre janeiro e outubro de 2019. A notícia foi ignorada por quase todos os veículos na Europa e nos Estados Unidos.
Que redução?
De todos os veículos estrangeiros representados no País, só um citou a redução de crimes violentos, mas tentou desqualificar o feito brasileiro.
É bom, mas...
O espanhol El País até noticiou, mas cedeu ao ativismo acusando a polícia do Rio por 1.800 mortes. Ignorou, claro, os policiais executados.
Mortes em 1º lugar
Em sua manchete, a TV Al Jazeera disse o que acha mais relevante que 10 mil mortes a menos em 2019: “Assassinatos no Rio pela polícia disparam”.
Rasteira do destino
O líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), foi à Câmara apoiado em bengalas. Suspeitaram de rasteira de Rodrigo Maia, mas na verdade rompeu o tendão da coxa direita caminhando apressado no aeroporto.
Pornográfico é isto
Usaram um vídeo de Davi Alcolumbre com o próprio pai para atribuir comportamento inadequado ao presidente do Senado. Pior é a decisão dele, imitando Rodrigo Maia outra vez, de nos fazer pagar plano de saúde para filhos de até 33 anos de quem trabalha no Senado.
Só amplexos e complexos
Deputados saíram frustrados da reunião com Lula, em Brasília, ontem. O ex-presidiário só se deixou abraçar e nada fez de relevante, exceto admitir seu complexo de inferioridade em relação ao “intelectual FHC”.
Notícias positivas
O presidente do BRB, o Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa, vai anunciar amanhã o balanço do quarto trimestre de 2019. Não dá para antecipar números, mas o clima na instituição é de euforia.
Como num domingo
Deputados largaram a sessão de debate, ontem, e lotaram o restaurante do plenário para não perder na TV Borussia Dortmund contra o PSG de Neymar em campo. Ainda fizeram ouvidos moucos aos chamados de Júlio Delgado (PSB-MG) para uma votação nominal.
Já deu
Ângela Furtado foi demitida do Inmetro, acusada de se deixar envolver pela petelhada que aparelhou o instituto. Seu substituto será o coronel Marcos Heleno de Oliveira Júnior, da arma de engenharia do Exército.
Herói sem capa
Uma das estrelas do impeachment de Dilma, o procurador do Ministério Público de Contas junto ao TCU Júlio Marcelo Oliveira jantou com a família no Abbraccio, em Brasília. Sem importunação, só admiração.
Pensando bem...
...o Carnaval, a “festa da carne”, no Congresso será a festa do ócio.
Poder sem pudor
Simon e seu acento
Quando chegou ao Senado, em 1974, o gaúcho Pedro Simon estreou sob o signo da dúvida: como se deveria pronunciar corretamente o seu sobrenome? A pergunta interessava até às taquígrafas. Logo no primeiro dia Simon fez um discurso, já sublinhando as frases com gestos marcantes, até teatrais. Atacava corajosamente a ditadura.
O senador Jarbas Passarinho, governista, com ar grave, pediu um aparte. “Ouço o nobre senador Passarinho”, aquiesceu o gaúcho. “Gostaria que V. Exa. esclarecesse de uma vez por todas: afinal, como devemos chamá-lo? Símon ou Simón? Seu acento é na frente ou atrás?”
O plenário caiu na gargalhada. E Simon não respondeu.