Comissão de mudança climática é só “lacração”
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (15)
Deputados e senadores correm para mostrar serviço instalando às pressas a Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas, que existe desde 2008. Só depois de oito dias das primeiras mortes no Sul do País é que os parlamentares se mexeram para ativar a comissão que, até agora, serviu apenas para eleger a deputada Socorro Neri (PP-AC) presidente, com os senadores Humberto Costa (PT-PE) na vice e Alessandro Vieira (MDB-SE) como relator. A segunda reunião da comissão será hoje.
Viagens midiáticas
O primeiro requerimento a ser votado na comissão é para viajar ao Rio Grande do Sul, posar para fotos e “entender de perto” as mudanças climáticas.
Noves fora, nada
Após três anos de total inatividade, em 2023 o colegiado voltou a ser instalado. Foram cinco reuniões sem qualquer decisão relevante.
Sem o que mostrar
O vazio da comissão fica evidente quando consultados os seus relatórios finais, tipo balanço anual de atividades. O mais recente é de 2019.
Têm mais o que fazer
A comissão quer retirar do trabalho e ouvir Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre, ocupadíssimos com o dilúvio.
Entre aspas, “comissão de ética” virou pizzaria
A “comissão de ética pública” da Presidência da República agora pode ser grafada assim, sem maiúsculas e entre aspas, após constranger o País livrando Vinicius Marques Carvalho, chefe da Controladoria Geral da União (CGU), de ação de conflito de interesses por renegociar acordo de leniência com a ex-Odebrecht, atual Novonor, que contratou a banca de advocacia com suas iniciais (VMC).
Ele diz estar afastado e que sua mulher hoje dirige a VMC, como não se beneficiasse do belíssimo contrato.
Rasgando a confissão
No acordo, a ex-Odebrecht também concordou em pagar multa bilionária por haver subornado autoridades do governo do PT e seus aliados.
Na cara dura
A ex-Odebrecht, que contratou a banca VMC para sua defesa, tenta se livrar das multas e renegocia o acordo com a CGU... chefiada por VMC.
Acabou em pizza
A “comissão de ética” não viu “evidências” de conflito de interesses na CGU de VMC renegociando acordo leniência com um cliente do VMC.
Flagrante do conluio
Bombou ontem mundo afora o flagrante em vídeo da camaradagem de funcionários da ONU com terroristas armados do Hamas. Deveria envergonhar os que, como o diplomata Rubens Ricúpero em recente entrevista, diziam ser “falso” o conluio que demitiu 9 deles, meses atrás.
Outros tempos
Após a queda de 38% no lucro da Petrobras no primeiro trimestre, Rodolfo Nogueira (PL-MS) lembrou que, apesar da pandemia e da guerra na Ucrânia, no último ano de Bolsonaro a estatal lucrou R$ 88 bilhões.
Manipulação
Demitida após corrigir fake news em pesquisa divulgada na Globonews, Michele Prado, autora do estudo, botou a boca no trombone e acusou a primeira-dama Janja de comandar uma milícia digital.
Nada mudou
Circula com petistas aquele Sayid Tenório, ex-assessor do governo Lula que zombou de mulher israelense estuprada por terroristas. Acompanhou o deputado João Daniel (PT-SE) à África do Sul para bajular o Hamas.
Parece piada
O deputado Joseildo Ramos (PT-BA) teve coragem de protocolar pedido para que a Comissão de Fiscalização e Controle ofereça café da manhã para “discussão de assuntos”. E tem preferência de dia: quarta-feira.
Homenagem
Proposta de Abílio Brunini (PL-MT) institui a Comenda Amália Barros para reconhecer pessoas e iniciativas pró-pessoas com deficiência. É homenagem à deputada morta no último domingo, baluarte da causa.