Briga Guedes x Marinho só acaba com demissão
A briga que não cessa entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) só deve acabar com a queda de um deles. Ontem, Guedes fez nova referência agressiva contra Marinho, de maneira velada, ao afirmar que a Febraban, a federação dos bancos, “financia o ministro gastador”. Guedes é o ministro mais forte, mas o político potiguar “segura a onda” porque conta com o apoio do Congresso e a simpatia do presidente Jair Bolsonaro.
Queda de braço
Marinho faz gestos de apaziguamento, mas isso não tem reduzido as diferenças. Guedes parece determinado a forçar sua saída.
Caiu para cima
A briga começou quando Marinho era secretário de Previdência. Ele se demitiu em fevereiro, mas Bolsonaro o segurou com o cargo de ministro.
Aversão visceral
Os líderes do governo têm atuado para acabar o conflito entre os dois ministros, mas a simples referência a Marinho deixa Guedes irritado.
A bola com Guedes
Bolsonaro vive a expectativa que ambos recolham as armas. Ele espera um esforço maior do ministro da Economia em nome da governabilidade.
Primeira em 14 anos
O ministro da Justiça André Mendonça (foto) visitou a prisão federal de Mossoró (RN), uma das cinco penitenciárias de segurança máxima do País. Foi a primeira visita de ministro da Justiça desde a inauguração, há 14 anos.
Fake news da “privatização do SUS” calam agências
As autodenominadas “agências de checagem de fake news” ignoraram solenemente a mentira difundida por políticos de oposição e a mídia de que o governo iria privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS). A mentira inviabilizou o decreto que previa parcerias público-privadas para concluir a 4.168 unidades de saúde inacabadas, além de compartilhar a gestão com organizações sociais, como Sírio Libanês e Albert Einstein fazem com êxito. Tudo sob o silêncio dos que se dizem “em busca da verdade”.
Proibido
melhorar
O decreto autorizava estudos para adotar em nível nacional experiências bem-sucedidas de São Paulo, Goiás e Distrito Federal, por exemplo.
Serviço meia-boca
Uma agência faz checagem no WhatsApp e sugere busca por cloroquina, mas questionada sobre a privatização do SUS, “não sabe responder”.
Prioridades outras
Uma busca rápida mostrou que agências estavam mais empenhadas em desmentir o boato sobre “marcha para satanás” de partidos de esquerda.
PDT fez silêncio
Apontado como chefe do tráfico de drogas de uma favela em Belford Roxo (RJ), o pastor Elisamar Miranda foi preso ontem sob o silêncio constrangedor do seu partido, PDT, presidido por Carlos Lupi.
Dedos nervosos
Durou pouco, uma hora, a crítica de Rodrigo Maia, ao presidente do Banco Central, Gustavo Montezano, acusando-o no twitter de “vazar uma conversa particular” na imprensa. Depois culpou “terceiros”.
Quem fiscaliza a Anac?
No relatório sobre o acidente que matou o jornalista Ricardo Boechat, o Cenipa pede fiscalização mais rigorosa da agência reguladora Anac nas oficinas de manutenção de aeronaves. O helicóptero que caiu não trocava óleo regularmente e usava peça velha trocada criminosamente.
Melhor setembro
Os 313 mil empregos com carteira assinada criados em setembro deste ano é o melhor resultado para o mês desde o início da série história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 1992.
Censura ideológica
O jornalista Glenn Greenwald (foto) teve matéria censurada no site que ajudou a criar e pediu demissão. Foi proibido de comentar denúncias de corrupção contra Joe Biden, candidato democrata a presidente dos Estados Unidos.
Pensamento único
Glenn Greenwald foi vítima em seu país da lógica do “pensamento único” à qual se associou no Brasil. Lá, como cá, prevalecem interesses ditos “progressistas”. Quem não se unir a isso, como ovelhas, é estigmatizado.
Apertado
Pesquisa do instituto Rasmussen Reports mostra que a corrida eleitoral nos EUA está mais apertada que veículos tradicionais fazem parecer: Joe Biden teria 48% dos votos e o presidente Donald Trump, 47%.
Pensando bem...
...o silêncio de Bolsonaro mostra que o falante governador é quem “só pensa naquilo”: a eleição de 2022.
Poder sem pudor
Lição de especialista
O advogado e ex-deputado Genival Tourinho acompanhou o conterrâneo Darcy Ribeiro num jantar com Santiago Dantas, em Paris, em 1977.
O sommelier, com uma enorme placa de ouro no pescoço, sugeriu o vinho que considerava ideal para acompanhar o pedido, mas Dantas discordou da safra e travou com o especialista do restaurante uma discussão sobre a superioridade das uvas plantadas às margens esquerda ou direita do rio. “Caipiras de Montes Claros”, recordaria Tourinho depois, “testemunhamos, eu e Darcy, o sommelier francês se render aos argumentos de Santiago Dantas.”