Votos de Natal: segure a onda
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (07)
Responda rápido: quando mandava-se os cartões de Natal físicos de cartolina, aqueles lindos, coloridos, alguns com a foto da família, você recebia, tipo, 10 da mesma pessoa? Ou mais de três por dia de uma mesma empresa por uma semana seguida? Claro que não certo? Mas é o que acontece com as mensagens virtuais nessa época – e é sobre isso que quero falar hoje.
O Natal está chegando e, com ele, naturalmente, o “espírito natalino” que se faz sentir de várias maneiras. É natural que, com o comércio todo enfeitado em verde, vermelho e dourado, todos se contagiem de alguma forma e em variados graus: reforçam-se os sentimentos de solidariedade, compaixão e amizade, muitas vezes até mesmo por desconhecidos.
Ouviremos quase que diariamente “Então é Natal”, cantado pela sempre diva Simone, e “Jingle bells Rock” nas vozes de vários astros internacionais. Claro que tudo isso desperta aquela vontade de externar nossos sentimentos para aqueles que, de alguma forma nos são próximos e que fazem parte de nossas vidas.
E é aqui que mora o perigo: o entusiasmo pode deslanchar para o exagero, o excesso. E muitas vezes até mesmo para a inconveniência.
“Ora, mas como, se só quero demonstrar meu afeto?” Tudo bem. A questão não é a demonstração de afeto que, na maioria das vezes nos faz bem, e sim superlativizar essa demonstração.
Excesso de mensagens - Sabe o grupo da família no WhatsApp? Já no dia 25 de novembro, a pessoa começa a enviar imagens com figuras e textos natalinos, emojis bonitinhos, áudios natalinos.
O que era para ser fofo vai ficando insuportavelmente cansativo, pois todo o grupo responde.
Se o grupo é da empresa, piorou. Já sendo cruel, afirmo que nesse espaço não cabe tanta “afetividade”. No máximo um “Feliz Natal para todos” entre os dias 22 e 24.
Se você trabalha com e-commerce, redobre o cuidado: além das mensagens (no máximo uma ou duas) de votos natalinos, não sobrecarregue seus clientes com uma avalanche de fotos (às vezes, vídeos) com os seus produtos, ofertas e promoções.
Respeite o horário comercial, planeje o que e quando e faça isso com moderação. Particularmente, esse excesso me tira do sério.
Lembrando que tudo isso vale também para as demais redes sociais como o Facebook, Instagram, TikTok, X e todos os outros. Uma postagem na véspera ou antevéspera já basta, o que acham? Com um texto fofo, mas objetivo.
Sobre presentes - Embora seja até uma boa referência, nem sempre funciona dar algo que nós gostaríamos de ganhar.
Seja um presente ou uma lembrança, vale muito a pena investigar o que deixaria a pessoa feliz. Simples assim.
Não quero ser estraga-prazeres, mas, em meio a esse frenesi de fim de ano, nesta época tão especial precisamos nos lembrar de que todo excesso é sobra. E toda sobra é quase sempre dispensada.
Então, acho que vale muito a pena pensar em um belo texto. Fazer uma foto bem legal (que te represente e traduza o “espírito” do Natal), mentalizar toda sua energia positiva e postar/enviar apenas uma vez com o coração aberto. Experimente!