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Claudia Matarazzo

Claudia Matarazzo

Colunista

Claudia Matarazzo

Regras de etiqueta e cerimonial

Jornal A Tribuna | 04/11/2021, 11:07 11:07 h | Atualizado em 04/11/2021, 11:08

“Mais importante do que o cerimonial, só a segurança”. A frase era ouvida frequentemente do presidente Fernando Henrique Cardoso, que sabia exatamente a importância de se respeitar as orientações de sua equipe de cerimonial.

Não à toa, o presidente era amado, não apenas pela sua, mas por qualquer equipe que organizava eventos. Bem-humorado e rápido, ele se adaptava a qualquer situação. Brincávamos que, se fosse um cão, seria daqueles  confiáveis e fáceis de adestrar.

Em minha experiência à frente do Cerimonial do governo do estado de São Paulo, com, pelo menos, quatro presidentes, ficou   clara a diferença entre essas autoridades que, pela sua postura, tinham o poder de fazer tudo correr suavemente (independente da dificuldade) ou com que, mesmo o mais tranquilo dos eventos, se tornasse tenso.

O presidente Lula tinha uma postura bonachona e dizia que não ligava muito para regras. Mas, esperto, logo percebeu que o cerimonial é um grande aliado da “forma e imagem” – e que a equipe está lá para facilitar. 

Quebrava o protocolo, claro, mas sabia o momento de fazê-lo e jamais o fazia em coisas realmente importantes, que comprometessem o evento. 

Dilma Rousseff, mesmo em repouso, tinha a capacidade de deixar a equipe tensa. Jamais entendi isso (não fazia parte de sua equipe, mas assistia atônita). Eventos com ela não eram nossos preferidos.

Michel Temer, experiente e versado na vida pública, não nos causava o menor transtorno. Sua equipe era organizada e precisa. E as coisas funcionavam a contento.

 Relato isso porque qualquer evento depende muito do tom que seus anfitriões conferem a ele – aliás, desde o momento do convite.

Hoje, com conceitos de educação e respeito universais, cada grupo tem sua forma peculiar de demonstrar esses sentimentos,  e respeitar as diferenças, adotando uma linguagem universal de cortesia,     é a base da etiqueta do terceiro milênio.

Existem sutis diferenças entre cerimonial, protocolo e etiqueta.

Cerimonial – É a organização sequencial de qualquer evento, seja ele político, social, acadêmico, esportivo ou empresarial. E tem sido, desde a antiguidade, uma das mais valorizadas maneiras encontradas pelos povos para se relacionarem uns com os outros. 

O escrito mais antigo é atribuído a Chou Kung, fundador da dinastia Chou da China, no século XII a.C. 

Protocolo – É o que regula o cerimonial, determinando a precedência, o tratamento, os lugares – a hierarquia, enfim. 

Etiqueta (abrange o protocolo e cerimonial, como nichos específicos) – Situa-se exclusivamente no campo moral, não sendo regulada por leis ou decretos e, sim, por regras testadas e aprovadas no dia a dia. 

Infrações a seu código são punidas apenas no âmbito social, o que não impede uma gafe de causar estrago considerável nas relações interpessoais.

Há que se ter bom senso e sempre, sempre mesmo, respeitar a hierarquia,  para dizer o mínimo.

 O  fato de ser necessário, vez por outra, adaptar nosso “decreto federal de cerimonial”  a determinadas circunstâncias não quer dizer que se possa  ignorar a sua essência e distorcê-lo ao bel-prazer  do jeitinho brasileiro. 

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