Os desafios das marcas de luxo
A indústria do luxo se transformou em poderoso mercado
O luxo foi, desde sempre, sonho, desejo, experiência e aspiração de praticamente toda a humanidade desde que o mundo é mundo. Talvez por sempre ter sido acessível a pouquíssimos privilegiados e poderosos, ou talvez por que o luxo também era, em essência, vinculado ao prazer e remetia ao bem-estar em seu estado mais puro.
Claro que, através dos tempos, o conceito mudou. Assim como, a partir do século XIX, a indústria do luxo se transformou em um poderoso mercado que movimenta bilhões em qualquer que seja a moeda.
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Passadas as mudanças pós 2020, o mercado do luxo aponta algumas tendências em 2023, e deverá se manifestar através de várias expressões e suporte. São vários desafios, pois o consumidor mudou: ficou mais jovem e com interesses mais variados, além de outras exigências.
O que mudou - Hoje, todos encaram o luxo como algo que pode trazer mudanças positivas na vida mas também para o próprio bem-estar coletivo. Existe uma consciência mais sustentável de consumo.
Diferenças entre o velho e o novo luxo - Se antes status era importante, hoje isso se define através de gente que sabe se colocar como “relevante” na comunidade/sociedade.
As marcas e grifes eram endeusadas simplesmente pelo que representavam. Hoje, elas precisam estar engajadas em atividades e causas ligadas à cultura e credibilidade. Se antes os consumidores vips se resumiam a compradores vorazes, hoje eles são também criadores, críticos e filósofos. O mercado precisa encontrar o caminho certo para interagir com todos.
Adotar um item de luxo - Luxo era um gesto absoluto, carregado de purismo: a marca tinha que ser a melhor, a qualidade idem, nova em folha, original. Hoje, há uma enorme mistura de peças novas com antigas, vintage, além de jogos e conjuntos desconstruídos, e não necessariamente andando juntos.
O consumo também mudou: se antes havia um momento de consumir esse tipo de produto (viagens, datas, etc), hoje ele é permanente, é um estilo de vida. Temos um consumidor muito mais consciente e atento, menos impulsivo/compulsivo.
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Não se trata mais de onde comprar (em que loja, shopping ou profissional) mas de quando: as compras de luxo on-line hoje são uma realidade importante em volume.
Luxo on-line - As compras on-line no mercado do luxo em breve vão ultrapassar as presenciais. Até 2030, estima-se que 30% das compras serão on-line. As lojas de marca já estão aperfeiçoando e expandindo seus sites de venda para alcançar mais e mais pessoas.
Os Millenials e a geração Z - Aceleraram o crescimento desse consumo e os principais responsáveis por esse aumento em 2022 seguidos da super jovem geração Alpha atraídos pela oferta de produtos como chinelos, tênis, roupa esportiva. Os Alpha começam a consumir 5 anos mais cedo que os Z!
Consciência, sustentabilidade e individualidade: essas são três características que permeiam o consumo do luxo nesse momento. Na teoria faz sentido, mas, bom mesmo, seria se todos esses conceitos pudessem ser realmente sentidos na prática, tornando o mundo um lugar mais igual e amigável. Torcendo muito: conferir!
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