Novas tendências para os casamentos
As festas e os casamentos que, até 2020 vinham crescendo em quantidade e tamanho que chegava a beirar o surreal, tiveram uma mudança bastante importante ao serem retomadas depois do período crítico da pandemia.
O setor de eventos, rápido como sempre em se atualizar, trata de ajustar alguns aspectos que antes pareciam “imexíveis”, mas que se ajustaram bem à realidade.
Convites - Se na pré-pandemia imperava a ostentação de convites impressos em papéis nobres e caríssimos com letras gravadas em dourado, hoje o que se vê são convites menores. Bem menores.
A palavra de ordem é economia e sustentabilidade. De modo que, finalmente, foram descobertos e aceitos os papéis reciclados como papel semente e outros.
A mesma economia se faz ao entregar o convite sem envelope – que é sempre o primeiro que vai para o lixo. Envolto apenas em uma cinta de papel, muita gente dispensa o trabalho do calígrafo.
Convite híbrido – Os convites virtuais também chegaram para ficar. Seu efeito e eficiência nada deixa a desejar em beleza e podem ser trabalhados com cores e movimento por profissionais de modo a expressar a história e estilo dos noivos com precisão.
Sem falar que possuem recursos que os impressos não oferecem. E ainda oferece a alternativa de imprimir poucos para padrinhos, por exemplo, se a pessoa quiser.
Número de convidados - O Brasil foi um dos últimos países a insistir em festas de casamentos com 500, 700 e 1000 pessoas. Eventos exaustivos onde imperava a ostentação os quais raramente os convidados se divertiam.
Sem falar no valor da conta, o equivalente a um apartamento de dois quartos em qualquer área nobre de nossas capitais.
Pois hoje esse número – não importa qual a referência, se 1000 ou 100 convidados – caiu em torno de 30%. Não apenas porque o bolso encolheu e sofreu os reflexos dessa crise, mas também porque, finalmente, caiu a ficha de que é possível fazer mais com menos e, de quebra, divertir-se muito mais!
Convidados “eleitos” - Antes, os eventos e casamentos tinham convidados. Hoje, essas mesmas pessoas se consideram privilegiadas, eleitas pelo anfitrião (ã). Elas não apenas comparecem como valorizam muito mais cada festa, reunião, pagode na casa do gato – o que for.
A prova disso é que a famosa “quebra” de 30% com as quais os cerimonialistas contavam, desapareceu. Hoje, se chegar a 10% é muito.
Confirmação ativa - O famoso RSVP era feito preponderantemente por telefone ou e-mail. Hoje, o Whatsapp veio para ficar. Além de ser muito mais responsivo e ágil, as pessoas interagem mais, o que se reflete em economia no bufê, etc.
Custo casório – Estamos falando em economia daqui e dali, mas casar ainda é um luxo. O mais barato, aquele com a festa básica sem pirotecnias nem banda sertaneja, ainda fica em torno de R$1.500,00 a 5.000,00 por pessoa.
Não é para todos: a conta ainda é alta porque alguns custos fixos como espaço, bufê... não mudaram. Até aumentaram! Daí a necessidade de os noivos não inventarem – e manter os pés e os sonhos firmes na terra.