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Claudia Matarazzo

Claudia Matarazzo

Colunista

Claudia Matarazzo

Jeans, puristas e consumistas

| 03/02/2022, 09:28 09:28 h | Atualizado em 03/02/2022, 09:29

Embora o universo da moda não seja meu assunto preferido, não há como ignorar que as tendências da indústria da moda podem refletir – e muito – no comportamento das pessoas, comunidades,  chegando, até mesmo, a mudar a “cara” do momento histórico.

Tomemos como exemplo o jeans, que surgiu no século XIX, usada pelos trabalhadores das minas nos EUA. 

 Em pouco tempo, as calças em denim grosso oram adotadas pelos trabalhadores rurais em geral e, em meados do século XX, eram o uniforme obrigatório de toda uma juventude rebelde e louca para se fazer notar pela irreverência.

Em pouco tempo, a moda ganhou o mundo e uma infinidade de variações: os tecidos podiam ser misturados a lycra, eram coloridos em muitas tonalidades  de azul e também algumas cores, lavados, estonados, rasgados, com anarruga...

Enfim, valia tudo, desde que pudéssemos continuar nesse conforto e versatilidade, afinal, o jeans podia ser usado por jovens, velhos, gordos, magros, ricos e pobres.

E, para completar, os preços também eram superacessíveis,  desde os mais populares (porém, de boa qualidade e duráveis) até os caros, de grife, para quem pode.

Na década de 1980, o jeans no Brasil ganhou status: chegamos a ter  grifes que carregavam na ostentação – afinal, era a década do brilho: as calças tinha strass, tachinhas, pedrinhas, miçangas e eram usadas com sapatos de verniz e saltos altos. E muitas pessoas ainda acrescentavam uma meia soquete de lurex para dançar à noite.

Estado bruto – Esgotadas as possibilidades de variações, em algum momento, um purista resolveu que o jeans estava prejudicando a natureza com tantas lavagens (e está mesmo , posto que a indústria  é poderosa e imensa), e que agora vale muito mais o jeans feito com “denim orgânico’. Isto significa que o denim é 100% algodão.

Beleza. Não fosse o fato de que esse algodão é rígido, dificulta os movimentos, e é superquente. Não é à toa que a moda pegou logo na Ásia e Europa, onde faz muito mais frio do que calor.   

Aí fica fácil usar.  E o preço? Tá preparado? Há calças duronas que começam com R$ 1.100   e podem atingir, algo em torno de R$ 3.500  – preço das fabricadas pelos teares da província de Okayama, no Japão.

Agora é brega – Nesse modelo orgânico, ficam banidos os rasgos artificiais, as lavagens para desbotar e outros detalhes. 

O corte é o clássico modelo reto nas pernas, ligeiramente mais estreito nos calcanhares. Nada de skinny, lycras etc.

Coisa nossa – Todo este papo não é para te desanimar não. Apenas para abrir seu olho e dar a ótima notícia que, algumas marcas nacionais já estão desenvolvendo esse tecido na versão tropical, ou seja, mais leve e adequado para o nosso clima. Em teares antigos, com tingimento artesanal e a preços beeeem mais acessíveis. 

A Dreher e a Krieger conseguem chegar a um valor abaixo de R$ 600.  Nada popular ainda, mas no bom caminho.

Por isso, se quiser aderir à moda, espere um pouco – como tudo na vida, a lei da oferta e procura abaixa o preço, se a procura for inteligente e, sobretudo, paciente.

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