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Quem é o professor capixaba que ministrou palestra na Nasa?

Giancarlo Guizzardi foi convidado a dar uma palestra na agência espacial americana sobre projetos que vão envolver uso de IA


Imagem ilustrativa da imagem Quem é o professor capixaba que ministrou palestra na Nasa?
Lançamento de foguete da Nasa: agência espacial americana possui projetos de integração de sistemas em larga escala, nos quais a inteligência artificial pode desempenhar um papel essencial |  Foto: NASA/Bill Ingalls

Com quase 20 anos dedicados a estudos na área da inteligência artificial, o professor e pesquisador capixaba Giancarlo Guizzardi, 48, e sua equipe foram convidados pela Nasa e pela agência espacial europeia para colaborar em pesquisas que podem ajudar em missões espaciais.

O professor recentemente foi convidado a dar uma palestra na agência espacial americana sobre projetos de integração de sistemas em larga escala, nos quais a inteligência artificial pode desempenhar um papel essencial.

No dia seguinte, ele se reuniu com especialistas da Nasa para discutir sua colaboração em projetos do órgão, o que possivelmente acontecerá em breve.

O convite para a apresentação e para as reuniões, segundo ele, veio a partir de trabalhos desenvolvidos ao longo dos anos.

“Estudo desde a graduação problemas de significado (semântica) dos dados, e como conseguir integrar ilhas de conhecimento, preservando o significado dos dados. No doutorado, a minha tese era sobre como representar e interpretar a semântica dos dados de forma precisa e passível de processamento automático por uma máquina”.

Giancarlo revelou que hoje as equipes coordenadas por ele em universidades da Holanda e da Suécia têm trabalhos relacionados ao tema em diversas áreas, como saúde, finanças, e segurança cibernética.

Foi a abordagem interdisciplinar que chamou a atenção de especialistas da Nasa, que viram o potencial de juntar forças para trazer soluções em projetos que a agência tem em andamento.

“De forma simples, as agências espaciais têm tecnologias que são usadas nas missões espaciais. Mas os sistemas, por exemplo, da parte elétrica, da parte mecânica, são extremamente complexos e precisam ‘conversar’, garantindo precisão nos dados trocados e consistência no comportamento do sistema como um todo”.

Ele explicou, ainda, que garantir essa consistência é um problema complexo demais para a cognição humana e que, por isso, é necessário de apoio de IA.

“Como missões espaciais envolvem bilhões de dólares e enormes riscos, precisamos de uma IA precisa, lógica e que seja capaz de explicar suas decisões, e não de uma IA probabilística, puramente baseada em dados”.

Além da Nasa, a agência espacial europeia também fez o convite para a equipe na Holanda, que tem mais de 60 pesquisadores, para discutir colaboração em estudos nesse mesmo tema.

“Deepfakes” são desafios

Além dos avanços e inovações trazidas pela inteligência artificial, o professor e pesquisador capixaba Giancarlo Guizzardi destacou também uma série de preocupações e a necessidade de regulamentar e limitar esse tipo de tecnologia.

Entre os desafios, está lidar com as chamadas “deepfakes”, que se referem a técnicas que são usadas para criar e simular vídeos e vozes geralmente com o objetivo de enganar pessoas.

Em um caso recente, uma empresa de Hong Kong sofreu um prejuízo de quase R$ 130 milhões devido a um golpe com deepfake, em que um funcionário recebeu ordens de um suposto diretor financeiro para fazer transferências bancárias.

“Tem áreas que acho realmente preocupantes e nas quais precisamos rapidamente de restrições normativas. Por exemplo, precisamos lidar com os riscos dessas novas tecnologias para a própria democracia. Devemos ver muitos casos de ‘deepfake’ nas próximas eleições americanas. Vídeos criando situações e diálogos completamente falsos”.

Ele se preocupa com a “dissolução” da própria noção de verdade, em um mundo em que as pessoas não conseguem distinguir o que é verdadeiro e o que está sendo criado.

Nesse contexto, ele reforça que entra também a importância do jornalismo profissional. “Em um mundo onde se pode gerar qualquer informação, metadados (dados sobre os dados) passam a ter ainda mais valor. Por exemplo, metadados sobre origem da informação. Nesse cenário, mais do que sobre o dado, devemos estar interessados na análise, na reputação, confiança e credibilidade”.

Para o professor, já temos tecnologia atualmente capaz de causar essas preocupações.

“Dá para dizer, com segurança, que existe uma relação forte entre polarização política e algumas dessas novas tecnologias. Assim como existe uma correlação forte entre problemas psíquicos, principalmente em mulheres adolescentes, e algumas tecnologias como o smartphone e as redes sociais, fortemente baseadas em imagens. Isso é algo extremamente preocupante”.

Para ele, as sociedades precisam regulamentar e limitar a Inteligência Artificial. “Em alguns locais do mundo, como na Europa, já foram feitos avanços importantes. É preciso fazer algo e rápido, pois as tecnologias mudam com grande velocidade”.

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