Asteroides gigantes podem atingir a Terra, alerta Nasa
Pesquisador lidera estudo que diz que asteroides gigantes têm 60 vezes mais chances de atingir o planeta do que estava previsto
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Um estudo apresentado na Conferência de Ciência Lunar e Planetária de 2023, realizada em Woodlands, no Texas, EUA, traz um alerta: é provável que nossas estimativas sobre os riscos de asteroides gigantes atingirem a Terra estejam muito abaixo da realidade.
Os asteroides passam pela órbita da Terra todos os dias. E presume-se que, a cada ano, cerca de 10 mil pedaços dessas rochas espaciais sobrevivem à passagem pela atmosfera da Terra, impactando o planeta.
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Geralmente, os meteoritos (como são chamados esses detritos de asteroides que caem na Terra) são pequenos. Algumas vezes, no entanto, podem passar de quilômetros de extensão.
Esses impactos maiores podem provocar estragos catastróficos ao planeta. As marcas deixadas por esses eventos na superfície são chamadas crateras.
É por meio dessas cicatrizes que os estudiosos analisam os impactos. Ao examinar as dimensões e as características das crateras, estipulou-se que o intervalo médio entre impactos fortíssimos seria de 600 mil anos.
Um novo estudo, no entanto, reduziu drasticamente essa estimativa, tomando por base as modificações sofridas pelas crateras ao longo do tempo.
O responsável pela pesquisa que chegou a tal conclusão é James Garvin, cientista-chefe do Goddard Space Flight Center, da Nasa, que acredita que podemos ter interpretado mal os vestígios de alguns dos ataques de asteroides mais graves que ocorreram nos últimos milhões de anos.
Acredita-se, por exemplo, que uma depressão de 13 km de largura no Cazaquistão, chamada Zhaminshin, tenha sido criada por um meteorito com um diâmetro de 200 a 400 metros que atingiu a Terra há cerca de 90 mil anos.
Porém, com base na nova análise, este evento poderia ter sido mais catastrófico, deixando uma cratera que está mais próxima, na verdade, de 30 km de largura.
Os tamanhos de três outras grandes crateras também foram recalculados, todos dobrando ou triplicando. Isso pode significar que rochas quilométricas estão caindo a cada dez mil anos – um intervalo de tempo 60 vezes menor do que se imaginava.
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