Vitória é a campeã em valorização no mercado imobiliário
A capital teve a maior alta no valor de imóveis em 12 meses, num acumulado de 22,45%. Em todo o País, a alta média foi de 5,71%
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Vitória foi a capital em que as residências tiveram maior valorização imobiliária, com aumento de 22,45%. O dado é do índice FipeZap, que monitora o valor dos imóveis nas 50 maiores cidades brasileiras.
O levantamento também mostrou que, no Brasil, o preço dos imóveis residenciais subiu 5,71% nos últimos 12 meses.
O consultor imobiliário José Luiz Kfuri explica que a valorização de Vitória é explicada pela pouca oferta de terrenos para construir e a grande demanda por imóveis.
“Vitória é objeto de desejo das pessoas e, há bastante tempo, já não dispõe de terrenos para se construir. Isso tem feito com que os novos empreendimentos estejam com valores acima da média. A própria Praia do Canto teve um aumento discrepante no preço do m durante a pandemia”, conta.
No ranking que mede o aumento dos preços da venda, a capital do Estado foi seguida por Maceió (17,93%), Goiânia (17,44%), Florianópolis (16,35%) e Curitiba (13,98%).
“Muitos estão se deslocando das grandes metrópoles, como São Paulo e Rio, porque o custo de vida aqui é mais em conta. Vitória é uma cidade menos conturbada. Ela é uma cidade pequena, com o aparato de uma cidade grande”, afirmou o advogado imobiliário Diovano Rosetti.
Para o economista membro do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES) Sebastião Demuner, um dos fatores que explica essa valorização é a confiabilidade do mercado imobiliário.
“Vitória está entre as cidades com melhor qualidade vida, sem contar a oferta de bons empregos. Com as incertezas do mercado financeiro, muitas pessoas acabaram partindo para o mercado de imóveis, que é mais certo e definido. Isso provocou o encarecimento”, avalia o economista.
Outro fator que contribuiu para a expressiva valorização de imóveis na capital foi a mudança de estilo de vida com a pandemia, informou o diretor da Indústria Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Espírito Santo (Sinduscon-ES), Leandro Lorenzon.
“A pandemia fez aumentar a busca por imóveis residenciais. Pessoas que tinham moradias obsoletas passaram a procurar imóveis de melhor qualidade, mais confortáveis. Muitos incluíram escritórios em casa. Isso ocorreu no Brasil inteiro. E ainda teve o aumento de preços dos materiais da construção civil”, detalhou.
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