Vitória é a 2ª melhor cidade do País para envelhecer bem
Segundo o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade, a cidade se destacou pelo seu desempenho em saúde
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O Censo Demográfico 2022, divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a população acima dos 65 anos tem crescido em todo o Brasil. E o Espírito Santo já tem 430.983 idosos.
Só que não basta apenas envelhecer, é preciso envelhecer com saúde, segurança financeira e relações afetivas, por exemplo. Há cidades do Brasil que se destacam nesse quesito. Vitória foi considerada a 2ª melhor cidade do País para envelhecer bem, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL).
A análise foi criada pelo Instituto de Longevidade, instituição idealizada pela MAG Seguros, que estuda os impactos socioeconômicos do envelhecimento, e mede o grau de preparação dos 5.570 municípios brasileiros para o envelhecimento da população acima dos 60 anos.
Segundo o levantamento, Vitória está entre as principais cidades classificadas como grandes e saiu do 39º lugar em 2020 para o top 3 da categoria em 2023, conquistando o 1º lugar das cidades com a maior expectativa de vida aos 60 anos.
A cidade também se destacou pelo seu desempenho em saúde, garantindo o 3º lugar em menor número de mortes de idosos por doenças infecciosas e parasitárias, 3º lugar em menor número de mortes de idosos por doenças do aparelho circulatório, como hipertensão, e 4º lugar em maior número de profissionais de nível superior.
O gerente do Instituto de Longevidade, Antônio Leitão, destaca que para o índice ser feito, não foram criados novos indicadores, mas, sim , usados indicadores existentes sobre qualidade de vida: saúde, aspecto socioambiental e economia.
“Um dos objetivos desse índice é levantar dados fundamentados sobre o envelhecimento e torná-los acessíveis à população, permitindo ainda que aspectos possam ser melhorados nos municípios pela gestão da cidade”, pontua.
Para a secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Silva Schulz, a classificação do município é resultado dos investimentos.
“Temos uma cidade que favorece a prática de atividades físicas, a socialização, além de que investimos na população desde a infância, para que chegue a ser um idoso pleno. Investimos no trabalho social feito com as famílias, nos Centros de Convivência para a Terceira Idade, nos Núcleos de Integração Social para Pessoa Idosa, além da saúde do idoso”.
FIQUE POR DENTRO
Estudo
O Instituto de Longevidade, que estuda os impactos socioeconômicos do envelhecimento, anuncia o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade 2023.
O IDL avalia a preparação das cidades em promover a qualidade de vida das pessoas idosas. Baseada em indicadores econômicos, socioambientais e de saúde, a 3ª edição analisa os 5.570 municípios brasileiros.
Metodologia
Em sua nova versão, o IDL é calculado a partir da média ponderada de 23 indicadores distribuídos em três dimensões: Economia, com peso de 35% na composição final, Socioambiental (30%) e Saúde (35%).
Classificação
Os resultados foram divididos em três categorias: cidades grandes (com mais de 100 mil habitantes), cidades médias (entre 34.850 e 100.000 habitantes) e cidades pequenas (até 34.850 habitantes).
Cidades grandes
Por concentrarem os níveis mais altos de riqueza e de população, as cidades grandes acabam tendo bons resultados nos índices de desenvolvimento socioeconômico. No entanto, segundo o índice, isso não significa que não tenham desafios, principalmente em decorrência das grandes concentrações urbanas.
1º lugar
São Caetano do Sul (SP)
Localizada em São Paulo, a cidade ocupa novamente o topo do IDL, se destacando por ter a 3ª maior expectativa de vida aos 60 anos e a 2ª maior população de pessoas maiores de 60 anos em sua categoria.
Em relação à variável Saúde, a cidade conquistou o 8º lugar no número de leitos hospitalares, é a 5ª com o maior número de profissionais com nível superior e a 2ª com o maior número de procedimentos hospitalares.
2º lugar
Vitória (ES)
A CAPITAL do Espírito Santo saiu do 39º lugar em 2020 para o top 3 da categoria em 2023, conquistando o 1º lugar das cidades com a maior expectativa de vida aos 60 anos.
Seu desempenho em Saúde se destaca, garantindo o 3º lugar em menor número de mortes de idosos por doenças infecciosas e parasitárias, 3º lugar em menor número de mortes de idosos por doenças do aparelho circulatório e 4º lugar em maior número de profissionais de nível superior. Na dimensão socioambiental, tem a 11ª maior taxa de participação de idosos em eleições.
3º lugar
Santos (SP)
localizada em São Paulo, está presente no top 5 das Cidades Grandes desde 2017 e agora conquistou a 3ª posição. A cidade se destaca na variável Economia, com a maior população 60+, a 3ª menor parcela de idosos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada e a 24ª maior capacidade de consumo de idosos.
Fonte: Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade (IDL).
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