Gatos estressados e ansiosos? Tem tratamento!
Feromônio sintético criado em laboratório ajuda os felinos a levarem uma rotina mais saudável. Prescrição é feita pelo médico veterinário
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Impedir o xixi no lugar errado, controlar a agressividade ou outros problemas de comportamento. Para gateiros e gateiras, é possível diferenciar o que é normal no comportamento dos bichanos e o que é resultado do estresse. Mas, calma! Tem tratamento e ele é realizado com feromônio sintético, que ajuda os felinos e tutores a levarem uma rotina mais saudável.
Segundo a médica veterinária e pós-graduanda em Medicina Felina, Stefhani Luiza, os feromônios artificiais foram criados em laboratório, principalmente de glândulas faciais e mamária.
“A prescrição é feita pelo médico veterinário, que acompanha o caso do paciente e entende a necessidade do uso. Usamos em casos em que o paciente felino está com sinais de estresse, e o tutor relata isso em consultório, em casas que possuem mais de um gato, quando os gatos da casa estão brigando entre si, e quando o gato começa a desenvolver patologias relacionadas a estresse”, diz.
Tutora de cinco bichanos, Docinho, Dora, João, Margô e Zélia Regina, a gateira Manuela Stein percebeu que havia algo errado quando um deles estava fazendo xixi fora do lugar. “Como sou observadora, suspeitei de dois e levei à médica veterinária. Fizemos os exames clínicos e estava tudo bem com eles. Aí constatamos que era a Margô que estava estressada”.
A tutora conta que a convivência com vários gatos pode ter sido um fator de estresse, diagnosticado pela médica veterinária especialista em Medicina Felina e Oncologia Polyana Pulcheira Paixão.
Segundo Polyana, os gatos, diferentemente dos cães, têm muito mais instinto, produzem feromônio para se sentirem seguros.
“Eles liberam quando arranham, nos coxins (as “almofadinhas” abaixo de cada dedinho e dentro das patas), no focinho e na cauda e se sentem seguros”.
Por serem animais territorialistas, destaca Polyana, qualquer mudança no ambiente pode desencadear o processo de estresse.
Voltando ao tratamento da Margô, houve algumas mudanças no manejo, com brincadeiras, envolvendo a alimentação e o feromônio via difusor na casa. “Foi sugerido o uso do feromônio, o que fez muita diferença”, diz a tutora.
Saiba mais:
Atitudes
As atitudes que mais irritam os gatos são:
Pegar muito no colo.
Brincar de morder.
Mudança no território (levar para outra casa, ou se ele sempre dorme em cima de uma cadeira, por exemplo, e ela é retirada).
Receber muita visita em casa.
Levar para passear, pois é territorialista e se sente seguro onde reconhece seu ambiente, por meio dos seus hormônios.
Ambiente com muitos gatos.
Ambiente inadequado, não atendendo as necessidades felinas
Necessidades
Segurança e ambiente silencioso, levando em consideração que a audição dos gatos é superior a dos humanos.
Caixa de areia em local adequado, alimentação adequada, estímulo caça e presa através de brincadeiras entre humano e felino ou entre felinos amigos.
Feronômios naturais
Os feromônios felinos são hormônios que são liberados através de diferentes áreas do corpo animal, por exemplo: região fácil, glândula mamária e coxin. Tendo função sensorial de confiabilidade, medo/estresse e de interação reprodutiva.
Função
A função é de comunicação e socialização, principalmente entre a espécie felina.
Sintéticos
Podem ser usados com difusores, em casas e clínicas veterinárias, sempre com a prescrição de um médico veterinário.
Nas clínicas, utiliza-se para diminuir o estresse nas consultas.
Em casa, para tratar o estresse e pode variar de 30 a 60 dias, dependendo da indicação.
Em spray, serve para uso imediato, como transportar até o veterinário.
Fonte: Especialistas consultadas na reportagem e pesquisa A Tribuna.
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