Vida sexual pode indicar crise da relação, segundo especialistas
Melhorar a afetividade, carinho e comunicação pode fazer o casal se reconectar e fortalecer vínculos
A insatisfação com a frequência sexual, segundo especialistas, pode ser um sinal de que a relação está em crise.
“Primeiramente, o casal precisa entender que, quando a vida sexual está insatisfatória, muitos outros aspectos do relacionamento estão insatisfatórios. O sexo é apenas um reflexo de como anda o relacionamento”, pontua a terapeuta de casal e sexóloga Lucimei Couto.
Parentes precisam de limites ao opinarem sobre relacionamentos, dizem psicólogos
De acordo com a especialista, melhorar a afetividade, o carinho e a comunicação em geral e, especialmente, sobre a própria sexualidade, fará o casal se reconectar e isso fortalecerá o vínculo sexual.
O psicólogo Alexandre Brito afirma que é essencial que o casal não perca nem mesmo as demonstrações mais simples de afeto, como um beijo, abraços prolongados e gestos carinhosos.
“A vida sexual pode ir mudando de acordo com a rotina e mudanças corporais que surgem com o tempo, mas é possível se reinventar. Experimente novos lugares, experiências, pratique o contato. Fale abertamente seus medos, receios ou desejos. Se precisar, não hesite em buscar ajuda profissional”, aconselha.
Já para a psicóloga e sexóloga Marcelle Paganini, cada casal tem a sua dinâmica.
“A primeira questão é entender que o outro não tem obrigação de satisfazer todas as nossas necessidades. Partindo desse princípio, o casal precisa de bastante intimidade e afinamento. A intimidade vem em coisas não sexuais, como divetirem-se juntos, falarem sobre sexo, gostos, fantasias. Uma coisa que pesa muitos os casais é a pressão por sexo versus acontecer naturalmente. Neste e em outros casos, o indicado é encontrar um equilíbrio”.
Saiba Mais
1. Diálogo
mantenha um diálogo assertivo e uma escuta afinada para construir uma relação saudável e feliz com quem você escolheu para passar a sua vida.
Falar sobre sentimentos, preocupações e expectativas pode prevenir mal-entendidos e conflitos. É essencial que ambos os parceiros se sintam ouvidos, escutados e compreendidos.
2. Momentos a dois
Isso inclui continuar a namorar um ao outro, mesmo depois de casados, por meio de noites regulares ou fins de semana especiais.
Manter o romance vivo e a paixão acesa pode fazer uma grande diferença na qualidade e felicidade do casamento, cientes que tudo muda, mas que mudanças também podem ser boas.
É essencial que o casal não perca nem mesmo as demonstrações mais simples de afeto, como um beijo, abraços prolongados e gestos carinhosos.
3. Gratidão
é essencial para um casamento feliz apreciar um ao outro e expressar gratidão regularmente.
Pequenos gestos de carinho, palavras gentis e demonstrações de gratidão podem realmente fortalecer o vínculo e aumentar a felicidade em um casamento.
4. Limites familiares
Para lidar com os conflitos que possam surgir com a família, é necessário que alguns limites sejam colocados. Buscar o diálogo com os filhos e os parentes pode ser importante para que todos tenham melhor compreensão do seu lugar na família.
5. Tarefas
Alinhar a rotina das tarefas domésticas representa parceria, e isso ajuda o casal no sentimento de pertencimento de um com o outro. É possível identificar onde cada um pode contribuir na rotina, inclusive fazer uma lista de tarefas de casa por escrito.
6. Individualidade
As manias, defeitos e qualidades fazem parte da individualidade de cada parceiro. Essa individualidade precisa ser respeitada. Aprender a ceder, perdoar, tolerar os defeitos só é possível com muito comprometimento e maturidade emocional.
Fonte: Especialistas consultados.
Nada de celular
Com 14 anos de casados, os empresários Edivanda Quiuqui, 48, e Maurício Quiuqui, 43, já venceram diversos desafios ao longo do relacionamento. Atualmente, eles precisam administrar o tempo como casal.
“Sou nutricionista e tenho a minha empresa, assim como ele. A falta de tempo é algo que temos de equilibrar. A cada 15 dias, saímos mais cedo do trabalho para ficarmos juntos, e a cada três meses fazemos um passeio apenas nós dois, sem filhos. Também não levamos celular para o quarto”, afirma Edivanda.
Comentários