Verme "imortal" é encontrado por moradora na varanda de casa na Serra
Mesmo que cortado o verme não morre e as partes podem dar origem a novos animais
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Uma moradora do bairro Costa Bela, na Serra, encontrou um animal rastejando na varanda de casa no último domingo (21). A cozinheira Lilian Raquel Silveira explicou que achou o bicho estranho e, inicialmente, não acreditou ser uma cobra por ser muito pequeno. Com a ajuda de moradores, ela descobriu que se tratava de um verme.
Lilian explicou que o marido dela limpou o quintal durante o dia. À noite, ele saiu da casa e foi para a varanda, quando viu o verme no chão. "Ele virou para mim e falou 'que bicho estranho é esse aqui?' Eu falei que para ser cobra estava pequeno e que parecia estar com algo na boca. Falei para colocar em um pote e que ia mandar foto para a Dani [Daniele Curty, líder comunitária], que ama essas coisas, ela ama pesquisar sobre eles. A gente pesquisou e viu que não era uma cobra. Mandei o vídeo para ela e no grupo do bairro para ver se alguém sabia, achei que fosse uma minhoca. O pessoal no grupo procurou e meu marido também, assim descobrimos que era um verme", relatou.
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A cozinheira informou que mora há mais de 25 anos em Costa Bela e nunca tinha visto esse verme na região. "Nosso bairro está cercado por eucaliptos e aparecem muitos bichos. Na minha casa já aconteceu de eu sair para trabalhar e voltar e ter abelhas. Uma amiga minha saiu de casa para trabalhar e voltou tinha uma cobra", conta Lilian.
O biólogo Daniel Gosser explica que o animal encontrado pela cozinheira e o marido na varanda de casa é popularmente conhecido como verme-cabeça-de-martelo e é do grupo dos platelmintos (vermes achatados). "Porém, essa espécie é de vida livre, habitando solos úmidos e não possui hábito parasitário, com isso não provoca doenças aos seres humanos", disse.
Daniel conta que esses vermes são originários do Sudeste Asiático. No Brasil, eles são animais exóticos invasores, já que não são nativos do País e se alimentam de minhocas e outros serem vivos presentes no solo.
"Uma curiosidade dos platelmintos é que eles podem se reproduzir assexuadamente por bipartição, ou seja, se caso eles forem fatiados ou cortados, as partes tornam-se um novo indivíduo", explicou.
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