Tratamentos para substituir peeling de fenol
Especialistas indicam técnicas como laser fracionado ablativo, ultrassom microfocado, radiofrequência, plasma, entre outras
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A morte de duas pessoas este mês tem chamado a atenção para riscos do tratamento conhecido como peeling de fenol, voltado para rejuvenescer a pele.
Um empresário de São Paulo, de 27 anos, morreu no dia 3 de junho após realizar o procedimento em uma clínica estética de uma influenciadora digital. Já na última semana, uma promotora de vendas de Vitória também foi encontrada morta em casa. Ela teria comprado o produto pela internet.
Médicos destacam, no entanto, que há tratamentos mais seguros e menos invasivos para quem busca uma pele “renovada”. O resultado são rugas, linhas de expressão e poros menos aparentes, além da melhora em cicatrizes de acne e na firmeza da pele.
A médica dermatologista Karina Mazzini destacou que, com tanta tecnologia hoje, não é preciso correr riscos com o peeling de fenol, que tem mais de 30 anos, mas continua sendo agressivo e invasivo.
Ela afirmou que a “troca” da pele pode ser alcançada de forma mais segura com uma combinação de procedimentos tecnológicos, que podem até ser realizados de uma vez.
“Essa é uma tendência para um resultado otimizado, com menos risco de infecção. O melhor em relação ao peeling de fenol, em que a pessoa fica um mês em casa, é que nesses tratamentos a pessoa pode ir trabalhar no dia seguinte”.
Mazzini destacou que os tratamentos podem ser personalizados, mas há boas combinações. “Temos lasers fracionados ablativos – como o de CO2 e o Erbium. Eles podem ser associados com uma radiofrequência microagulhada, e também com um ultrassom microfocado de alta intensidade. Depois, ainda podem ser aplicados exossomas, que são vesículas que estimulam colágeno.”
A médica dermatologista Oliete Guerra também destacou os resultados positivos do laser fracionado de CO2 que, apesar de ser usado há algum tempo, hoje conta com protocolos atualizados.
“A associação com a radiofrequência microagulhada robotizada e com o uso do plasma são opções com resultados muito bons para rugas, e sem tanta agressão à pele como o peeling de fenol”.
Ela explicou que, nesse caso, não deve ser feita apenas uma sessão para ter resultados. “O tratamento não se encerra em uma sessão. Além disso, é preciso combinar com outros produtos para uso em casa, de cuidado diário. Não há um tratamento milagroso”.
Fique por dentro
Laser trata a textura e produz colágeno
1- Lasers fracionados ablativos
Os lasers fracionados ablativos, como o laser de CO2 ou laser de Erbium, atuam no rejuvenescimento da pele.
O objetivo é tratar a textura da pele, rugas, produção de colágeno, cicatrizes, cicatriz de acne e tudo relacionado com a qualidade da pele.
Como atinge tanto a derme como a epiderme (camada mais superficial da pele), permite o controle por parte do médico da profundidade de ação, dependendo da região.
2- Ultrassom microfocado
A tecnologia estimula a produção de colágeno e faz um lifting não cirúrgico na pele, eliminando flacidez e a gordura localizada.
O uso dos aparelhos não têm downtime (tempo de inatividade) e não dói.
3- Radiofrequência microagulhada robotizada
É um procedimento facial e corporal que serve para melhorar o aspecto da pele, cicatrizes de acne e até melasma.
Na técnica, é injetada a radiofrequência na pele, estimulando a elastina e o colágeno, por isso também reduz flacidez.
4- Plasma
Também conhecido como blefaroplastia (plástica nas pálpebras) com plasma é um procedimento não cirúrgico, voltado para dar um efeito lifting na região dos olhos.
A técnica com uso do plasma utiliza energia para revitalizar a pele ao redor dos olhos, reduzindo rugas e flacidez. Também é usado no buço.
O resultado pode ser otimizado com a combinação feita com outros procedimentos tecnológicos na mesma sessão.
5- Uso das tecnologias de forma combinada
Segundo médicas entrevistadas, tecnologias e técnicas associadas, realizadas no mesmo dia, têm melhorado o efeito dos tratamentos.
Uso de laser (com avaliação de cada caso para definir a tecnologia), ultrassom e ainda outras técnicas associadas têm sido cada vez mais comuns.
Fonte: Especialistas consultadas.
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