“Toda mulher tem de saber se defender”, diz lutadora capixaba
Melhor do mundo no jiu-jítsu, a capixaba Fernanda Mazzelli destaca a importância do esporte na sua vida e de todas as mulheres
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Aos 34 anos, a capixaba Fernanda Mazzelli Almeida Maio alcança uma grande marca na carreira de lutadora profissional, ao ocupar o primeiro lugar no ranking mundial da Federação Internacional de Jiu-Jítsu Brasileiro (IBJJF, sigla em inglês).
Considerada uma das principais atletas dos últimos anos no jiu-jítsu brasileiro e mundial, Mazzelli teve um ano de muitas vitórias, e destaca a importância da luta também no dia a dia como mulher.
“Toda mulher tem de saber se defender. O esporte de contato, no caso o jiu-jítsu, ajuda no conhecimento do nosso corpo e também na defesa com outras pessoas, como a percepção e o rápido reflexo das movimentações. Acredito ser fundamental toda mulher ter esse conhecimento para sua autodefesa, seja na rua, seja em casa”, diz.
Esporte praticando em todo o mundo, o jiu-jítsu é uma arte marcial japonesa que se utiliza essencialmente de golpes de alavancas, torções e pressões para levar um oponente ao chão e finalizá-lo.
Natural de Guarapari, a faixa preta conquistou o título de melhor do mundo com quimono após todas as conquistas de 2022.
“Já fiquei em 8º, em 9º e em 10º lugar no ranking das melhores do mundo, e depois de lutar o Brasileiro, o Sul-americano, e vários opens até aqui, fiquei em primeiro. É muito gratificante alcançar esse resultado pela principal entidade de jiu-jítsu no mundo”, destaca.
Dona de três títulos mundiais, 12 Brasileiros e dois Mundiais sem quimono, Mazzelli não levou este ano a medalha de ouro no Mundial, ao ter sua luta decidida pelo árbitro na semifinal em Los Angeles, nos Estados Unidos.
“Infelizmente na semifinal minha luta ficou empatada e o árbitro optou pela vitória da minha adversária. Acabei ficando em 3º lugar na categoria superpesado e 3º lugar no absoluto”, explica a atleta.
Com o passar dos anos, Mazzelli ressalta que novas meninas entram com mais força, e a atleta já pensa em migrar para a categoria master.
“Já peguei várias gerações e ainda estou na categoria adulto, disputando com meninas cheias de gás. Vai ter uma hora que terei que diminuir o meu ritmo e migrar para a categoria master. Mas, mesmo assim, estou muito feliz. Conquistar títulos e marcas nunca atingidas é o que nos impulsiona a não parar”.
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