X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Tecnologia para prevenir câncer de colo de útero

Oferecido no SUS, exame identifica, em tempo real, a presença de DNA dos tipos mais frequentemente associados à doença


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Tecnologia para prevenir câncer de colo de útero
Anna Clara Gregório explica que a tecnologia é a mesma usada para diagnosticar a covid na época da pandemia |  Foto: Fábio Nunes/AT

Detectar um câncer cedo é uma das melhores formas de prevenção pois aumenta as chances de cura e facilita o tratamento. Com esse objetivo, o Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen) está implementando uma nova tecnologia no SUS.

Trata-se de utilizar o exame PCR em tempo real para detectar o HPV (Papilomavírus Humano), uma das principais causas do câncer de colo de útero. Se você reconheceu o nome, não é coincidência.

“Essa é a mesma tecnologia que a gente usa para diagnosticar a covid-19 na época da pandemia. Agora estamos o utilizando com o objetivo de ampliar o rastreamento do câncer do colo de útero no Estado”, explica Anna Clara Gregório, referência técnica do laboratório de biologia molecular do Lacen.

O exame identifica, em tempo real, a presença de DNA dos tipos mais frequentemente associados ao câncer do colo do útero. Mas como é feito esse teste? Segundo Anna, a coleta é realizada de forma semelhante ao exame Papanicolau, conhecido como preventivo.

“O material é coletado por meio de uma escovinha citológica e, em seguida, enviado ao Lacen, onde fazemos o RT-PCR em tempo real para detectar o DNA do HPV nas amostras”, detalha a especialista.

Ter um resultado positivo não significa que a pessoa tem câncer. Para isso é necessário que sejam feitos outros exames, como uma biópsia. A especialista explica que a grande vantagem é que pessoas que apresentam o HPV podem ser acompanhadas com maior frequência pelos médicos.

“Em vez de fazer exame a cada ano, vamos ter um acompanhamento mais de perto. Consequentemente, no futuro, vamos poder diminuir os altos índices de mortalidade para essa doença, porque é um câncer que tem cura”, destaca.

Por enquanto, o uso dessa tecnologia faz parte de um projeto-piloto, que está sendo conduzido na região Sul do Estado.

A iniciativa começou em setembro deste ano, e, até o momento, 400 testes já foram realizados. A expectativa é que o projeto seja expandido para todo o Estado, mas ainda não há previsão de quando isso acontecerá.

A ginecologista Gabriele Lomonte destaca que uma das principais vantagens desse tipo de exame é sua alta sensibilidade e especificidade.

“O PCR para detecção de HPV é capaz de detectar a presença do DNA do vírus mesmo em quantidades muito pequenas, permitindo identificar infecções que podem não ser detectadas por outros métodos, como o exame Papanicolau”, explica a médica.

SAIBA MAIS

O teste

Testes moleculares para a detecção de HPV oncogênico pelo exame PCR estão sendo implementados no SUS.

Isso significa que o Lacen está utilizando o exame para detectar a presença de DNA dos tipos mais frequentemente encontrados no câncer do colo do útero.

Não quer dizer que uma pessoa com HPV positivo vai desenvolver câncer. Mas ela poderá ser acompanhada de perto.

Projeto-piloto

Por enquanto, trata-se de um projeto-piloto, ou seja, está sendo realizado em fase experimental e apenas na região Sul do Estado.

O Sul foi escolhido devido à alta taxa de mortalidade pelo câncer de colo do útero quando comparada às demais regiões de saúde, à média estadual e também à média nacional.

O objetivo é atender em torno de 25 mil mulheres acima de 30 anos que vivem na região.

Primariamente em cinco municípios: Bom Jesus do Norte, Iconha, Mimoso do Sul, Presidente Kennedy e Vargem Alta. Os demais municípios também participam de forma secundária.

São Paulo e Pernambuco já têm projetos-pilotos similares, mas o Estado foi pioneiro ao focar em uma população-alvo de mortalidade elevada, segundo informa a médica patologista Ana Maria Gonçalves. Ela é uma das responsáveis pelo projeto no Lacen junto com as biólogas Débora Dalvi e Pamela Ribeiro.

As pesquisas começaram em fevereiro de 2023. Mas os testes só tiveram início em setembro deste ano.

Câncer no Estado

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero tem uma estimativa de 260 novos casos/ano.

O Estado está acima da média nacional. No Brasil, morrem cerca de 4 pessoas a cada 100 mil habitantes, por causa desse tipo de câncer. Já no Estado, morrem cerca de 5 pessoas a cada cem mil. No Sul do Estado, a incidência é de cerca de 7 a cada 100.

Fonte: Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen).

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: